28 de jul. de 2022

Comentário: "Cais do porto" deveria ser o segundo hino de Presidente Epitácio!

   Certa vez, numa das raras vezes que assisto programas esportivos televisivos, o competente apresentador André Rizek fez uma sugestão que achei brilhante: A música "Aquarela brasileira", de Ary Barroso, deveria ser considerada uma espécie de "novo hino", "hino informal", ou então, "segundo hino" brasileiro, devido à beleza da letra e popularidade internacional. Na sua concepção, com todo o respeito ao hino cívico nacional, a música do compositor mineiro teria muito melhor compreensão junto ao povo do que o nosso hino cívico, que cujos vocábulos "lábaro", "fulguras", "plácidas", "brado" seriam bastante "carrancudos" diante da malemolência, descontração e alegria da nossa nação. E quer saber? Perdoem-me os patriotas conservadores, ele está certo!

   Mas vamos direto ao ponto, que é o título do texto. Não conheço o hino cívico da bela cidade vizinha Presidente Epitácio, mas eu aposto todas as minhas fichas que ela não tem a beleza e o romantismo de "Cais do porto", interpretada por Edinho Santa Cruz e composta por Edmilson Pequeno, um músico local. E o que é pior: A cidade turística pouco divulga esta composição musical destinada a ela própria, fato que torna a obra menos conhecida do que ela realmente deveria ser.

    Os políticos locais deveriam tornar de forma documental esta música como o "segundo hino" de Presidente Epitácio, ou "hino informal", como queiram. O Parque Figueiral, citado na canção, poderia ter um totem com recursos audiovisuais contendo clipe, fone de ouvido e letra da música, além da biografia e foto do cantor e compositor que prestou esta linda homenagem à cidade.

     Sim, transformar a canção em "Patrimônio cultural', da cidade assim como a bela foto do por do sol captada por Carlos Roberto Rayzaro. Seria uma relação de mão dupla, positiva para o turismo local, bem como para o músico. Sim, existe um amor muito grande nas ruas do porto... Mas pouca gente sabe!!


Edinho Santa Cruz, intérprete de "Cais do porto"


 
 Melodia "Cais do porto", em homenagem à Presidente Epitácio


A versão na voz do compositor Edmilson Pequeno



* O Eldoradense


27 de jul. de 2022

Facebike: Dois vídeos....

 Seguem dois vídeos publicados recentemente no Facebike. O primeiro, de moto, retornando do Mato Grosso do sul, na Ponte Hélio Serejo, ao som do Creedence: "Proud Mary". O segundo, editado hoje de manhã, na companhia do meu irmão Nélio, regressando de Caiuá nas bikes, ao som de Van Halen: "Jump". Curtam aí...


* O Eldoradense



22 de jul. de 2022

Comentário : O "Caminho da fé" do Pontal do Paranapanema...

 




  
    Quem tem acompanhado ultimamente este blog e minhas redes sociais, logicamente notou a ênfase recente que tenho dado às filmagens das trilhas, durante os passeios de bicicleta. E refletindo sobre algumas possibilidades econômicas para a região, veio a indagação: Por que não incentivar o cicloturismo regional, através da elaboração do nosso "Caminho da fé", inspirado no percurso tradicional entre Águas da Prata e Aparecida?

      O nosso suposto Caminho da fé teria como ponto inicial também uma estância balneária, Presidente Epitácio, e também terminaria numa cidade com potencial para o turismo religioso, Santo Expedito. O trajeto proposto seria majoritariamente por terra, fomentando as atividades econômicas nas pequenas propriedades rurais adjacentes ao caminho: poderiam ser criadas pousadas campestres, lanchonetes, restaurantes, bem como incentivar atividades ligadas à cozinha artesanal, como a produção de embutidos defumados, derivados de leite, doces caseiros, piscicultura e também apiários. 

     O poder Público dos municípios inseridos no percurso entraria com a sinalização das vias, bem como a manutenção adequada das mesmas, além da segurança fornecida pelo estado, através da Patrulha rural da Polícia ambiental. Enquanto isso, o ITESP e o SEBRAE poderiam fornecer cursos de especialização para estes produtores, além de permitir acesso ao crédito para o empreendedorismo. 

      Sabendo que o caminho poderia ser feito a pé - como já é feito por um grupo que parte de Caiuá - e também de bicicleta, empresas ligadas ao mercado fitnees, bicicletarias, também poderiam lucrar com isso, nas cidades. Sabe-se também que alguns aventureiros preferem realizar tais atividades com motos modelo cross ou veículos adequados para a empreitada: Os jipeiros, o que também impulsionaria, de alguma forma, o fluxo comercial de borracharias e oficinas mecânicas, por exemplo.

      Enfim, temos uma realidade em que a atividade industrial não deslancha em nossa região, e isso, por enquanto, é fato. É preciso criatividade para descobrir novas vocações, como o turismo rural, e as atividades esportivas ligadas à natureza, que estão em ascensão. Já foi o tempo em que o campo era sinônimo apenas de agricultura e pecurária. Os hoteis fazenda e os pesque pagues, ranchos para locação estão aí para provar as mudanças do perfil econômico rural.

      Além do tradicional Caminho da fé entre Águas da Prata e Aparecida, em relação ao ciclismo, temos também como exemplo o desafio do "Vale europeu", na região sul do Brasil. Sim, os cenários destes dois exemplos anteriores são de tirar o fôlego, mas resguardadas as devidas proporções, temos também nossos atrativos regionais. O Pontal do Paranapanema é banhado por dois rios grandiosos (Paraná e Paranapanema), temos algumas cidades turísticas ribeirinhas (Rosana/Primavera, Presidente Epitácio, Panorama e Paulicéia), bem como os Parques Estaduais do Rio do Peixe e do Morro do diabo. O nosso "Caminho da fé", seria, portanto, apenas uma de nossas possibilidades. Por que não tentar?

* O Eldoradense

21 de jul. de 2022

Vídeos curiosos: Dois vídeos produzidos na Chave Arpad/Colônia húngara, em Presidente Epitácio...

  E nas andanças de hoje do Facebike, produzi dois vídeos na Chave Arpad/Colônia húngara, na área rural do município de Presidente Epitácio. Confiram...



Link do Clipe da música "Igrejinha", do primo Ednaldo Freitas, produzido no mesmo local. Clique aqui

   E estas foram as minhas filmagens do trajeto, ao som do Nirvana: "Come as you are"...


* O Eldoradense

5 de jul. de 2022

Conto: "A viagem de Marcos Paulo"

 



 Marcos Paulo é um daqueles caras inquietos, curiosos, que elaboram suas conclusões mediante experiências. O pai escolheu este nome em homenagem ao viajante italiano Marco Polo, aportuguesando o nome da forma que achou melhor. Certa vez, depois de assistir um filme dos Vingadores, procurou saber mais sobre a possibilidade de se viajar no tempo. Viu que o cientista Albert Eistein também disse que um dia, isso seria possível.

   Ficou com aquilo na cabeça. A cabeça, inquieta, também possuía alguns indícios de premonição, clarividência, e coisas parecidas. Nunca falou nada a ninguém, pois tinha medo de parecer louco, bruxo ou coisa do tipo. Não sabia se isso era fruto de alguma anomalia neurológica, se era um dom, ou se, na melhor das hipóteses, ele talvez fosse um exemplar evolutivo da espécie humana, à frente da sua geração.

       Mas enfim, ele resolveu que faria sua própria viagem no tempo baseado no que lera, mas também  nas suas intuições. Deitou na cama, bebeu um energético misturado com licor de absinto e se concentrou. Alguns minutos depois, sentiu aromas e sabores conhecidos, de meados da década de 80, que remetiam à casa dos avós maternos. Porém, a força magnética descomunal dos tempos presentes o tragou de volta para 2022, para o colchão densidade 33 que lhe servia de base propulsora.

      Precisava tragar mais um pouco do licor. Assim o fez. Voltou para o mesmo lugar, onde viu silhuetas claras dos antepassados que se foram, conversando na mesa, servindo carne de panela e bebendo refrigerante. Emocionou-se, mas foi novamente tragado pela enorme força magnética dos tempos atuais.

      Não satisfeito, deu um novo trago na bebida. Desta vez, as imagens tornaram-se nítidas, ouvia a voz do avô, as conversas familiares, mas parecia não se fazer notado. Até que percebeu que a avó veio em sua direção...

     Filho, não faça isso. Toda vez que alguém ousa se aventurar nesta viagem na escala do tempo, corre-se o risco de se mudar toda uma conjuntura universal, com novos danos nos tempos presentes. Seus antepassados são tragados bruscamente do plano astral, só para satisfazer suas vontades saudosistas, atrapalhando todos os nossos afazeres celestiais. Volte para a sua casa, e por favor, não faça mais isso....

      Abraçou a velha avó e resolveu obedecê-la. Por amor, nunca mais fez a tal viagem no tempo. Reapareceu sobre a cama, em 2022, três quilos mais magro e com um cansaço nunca antes sentido.

     Enquanto isso, lá na década de 80, Albert Eistein comia carne de panela e dizia ao casal de velhos, na mesa do jantar....

       Essa foi por pouco. Mas um dia os homens descobrirão que podem viajar no tempo, e sinceramente, não sei quais serão as consequências. Mas por enquanto, eles não estão preparados para isso...

       * O Eldoradense

1 de jul. de 2022

Comentário: "Pesquisas eleitorais"

 


      Elas estão aí, e não são poucas. Em ano eleitoral, as pesquisas pipocam na internet, jornais impressos, televisão, enfim, nos mais variados meios de comunicação e informação. Causam questionamentos, repulsas, comemorações, dependendo dos números que são apresentados ao eleitor. Os mesmos não compreendem o porquê de tantas pesquisas, os motivos pelos quais em algumas circunstâncias os números divergem dos números seu próprio habitat, e onde, exatamente, elas são feitas. Muitas vezes vem aquele argumento de que "nunca fui ouvido".

   Primeiro: Uma pesquisa é algo científico, elaborado com tabulação de dados, observando critérios de proporcionalidade populacional geográfica, não é uma enquete local. 

        Segundo: Elas são feitas aos montes porque tem muita gente interessada nas tendências. Mercado financeiro, agronegócio, sindicatos, partidos políticos, comerciários, industriários, enfim, uma gama enorme dos estratos sociais. Além disso, pesquisas constantes são realizadas para captar o momento, as evoluções, a dinâmica dos desempenhos dos candidatos, sob o risco do espaçamento maior entre uma e outra causar a possível impressão de "equívoco". Exemplo: O Instituto X realiza uma pesquisa hoje, e outra daqui quatro, cinco meses. É fato que os resultados podem apresentar uma diferença enorme de uma para a outra, e isso pode ocasionar descrédito maior. Cada instituto preza, logicamente, por uma reputação a zelar, e erros podem ocasionar perda de clientela. 

     Aqui em Presidente Venceslau, vejo muita gente adepta ao "Venceslaucentrismo". O sujeito duvida das pesquisas em nível nacional porque em nosso pequeno rincão, os números não repetem as tendências do país inteiro. Sejamos sinceros: Não refletimos pluralidade alguma, a sociedade local possui um histórico homogêneo/conservador, então, nossos números não servem como parâmetro. Assim como os números de Piripiri, no Piauí, também não refletem. Por lá, em 2018, Fernando Haddad ganhou a eleição para presidente com 75% dos votos. Foi eleito presidente? Não! Enfim, é preciso entender as diferenças de pesquisas profissionais de instituto e enquete de internet pautada em opiniões de boteco. Ah, só pra esclarecer: Piripiri tem mais de 60 mil habitantes, e nós, ainda não batemos os 40 mil. E fica aí um questionamento: Se Jair Bolsonaro estivesse mesmo tão absoluto na frente, estaria ele fornecendo este "pacote de bondades" oferecendo grana par Deus e o mundo, contrariando a austera política fiscal de Paulo Guedes? Eu acho que não. Enfim, o jogo pode virar, é claro, mas nesse momento atual, a coisa não tá boa pro atual presidente não. Não tá mesmo!


* O Eldoradense

Comentário: "O tio França foi uma vítima"

    Ontem à noite, em Brasília, aconteceu o que penso ser o ápice do delírio Bolsonarista: Um homem trouxe explosivos em seu próprio corpo, ...