Confesso que desconhecia o contexto histórico e presente por trás da guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas queria escrever sobre o assunto, e para isso, foi necessário uma pesquisa, que revelou uma enorme complexidade nas relações entre estes dois países que agora se confrontam belicamente. Vou tentar fazê-lo da forma mais resumida possível.
No início do século passado, houve a expansão da Rússia sobre várias nações ao seu redor, dentre elas, a Ucrânia. Após a revolução comunista e o surgimento do Stalinismo, as opressões russas sobre estas nações tornaram-se maiores. O povo ucraniano, que possuía uma identidade nacional, passou a perdê-la, pois a migração de muitos russos para suas terras foi fomentada através do governo comunista de Moscou.
A fome, a miséria e a opressão na Ucrânia eram tão gritantes que os ucranianos chegaram a saudar a invasão nazista alemã sob seu território, no afã de se livrar dos russos. Eis o primeiro lado da moeda.
O outro lado envolve o fim do comunismo russo, e com ele, o fim da União Soviética, no início da década de 90. A Ucrânia torna-se independente: Nada mais que o maior país totalmente europeu em extensão territorial, dono de reservas minerais estratégicas, como ferro, gás natural, carvão e petróleo. Baque para os russos, mina de ouro para os países da OTAN (leia-se Europa Ocidental e Estados Unidos).
Em 2014, uma revolução apoiada pela OTAN destituiu o então presidente ucraniano, que era mais alinhado a Moscou. Surge um governo interino, e posteriormente, um presidente mais alinhado às forças ocidentais da OTAN foi eleito.
Os russos que habitavam a Ucrânia passaram a sofrer perseguições e violência pela população local, inclusive por grupos neonazistas. Vladimir Putin, obviamente, viu aí um motivo - bem razoável até - para tomar suas providências. Há províncias separatistas da Ucrânia mais ligadas à Rússia, porém, os ucranianos não aceitam a dissolução do território, por motivos obviamente econômicos e políticos (Compreensível).
Conclui-se, então, que a Ucrânia nada mais é do que um país estratégico tanto para o imperialismo econômico russo quanto para forças ocidentais - tão ou mais imperialistas - Neste fogo cruzado, quem sofre, pra variar, é a população civil.
Não dá para escolher um lado, a não ser o do cessar fogo urgente. Estamos ainda sob cenário de pandemia e economia ainda em tímida recuperação, o que potencializa ainda mais os efeitos nefastos dos conflitos armados. Quanto ao Brasil, recomenda-se posicionamento neutro, pois esta é uma briga de cachorros grandes. E na condição de poodle com fitinha verde amarela amarrada ao pescoço, é melhor a gente ficar sentadinho ou se fingir de morto...
* O Eldoradense
Muito obrigada por essa postagem, eu ainda não tinha entendido direito os motivos. Obrigada mesmo!!
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