Cá estou escrevendo sobre a final de sábado, onde o Palmeiras sagrou-se bicampeão das Américas, batendo o meu Santos pela contagem mínima nos acréscimos do tempo normal. Derrota indigesta, daquelas que ficam entaladas na garganta, mas que fazem parte do universo futebolístico. Jogo truncado, amarrado, feio tecnicamente, partida de xadrez, onde os adversários se preocuparam mais em "não errar" do que acertar. Mas isso não tira os méritos do verdão, que levantou a Taça Libertadores da América com justiça.
É fato que enquanto torcedor santista, gostaria muito de ver o alvinegro praiano comemorando o tetracampeonato. Não deu! Justiça seja feita, o peixe, caso fosse campeão, alcançaria o triunfo num daqueles milagres que só o futebol pode explicar: em meio às dificuldades financeiras, impeachment do presidente, salários atrasados, o título só viria através de muita determinação, superação e um bocado de sorte. O Santos chegou muito longe, mediante às adversidades e dificuldades enfrentadas pelo clube.
Já o Palmeiras, fez justamente o contrário: Se organizou e teve um excelente planejamento extracampo, que culminou na conquista dentro das quatro linhas. Creio eu que brincadeiras à parte, o torcedor palmeirense tem consciência de que o Santos valorizou bastante a conquista alviverde.
Agora o verdão vai ao Catar tentar a conquista que lhe falta: O Mundial interclubes da FIFA. Tarefa árdua, difícil, levando-se em consideração o abismo financeiro, estrutural e técnico que existe entre as equipes sul-americanas e europeias. Mas o Palmeiras é o Palmeiras, e não duvidem se o verdão voltar do Oriente Médio com mais esta conquista! Novamente, sinceros parabéns a todos os meus amigos Palmeirenses. Vocês mereceram a Libertadores 2020, por mais difícil que seja admitir e escrever este texto....
* O Eldoradense