14 de jan. de 2017

Poema: "Caiuá/Guarani"




  Acabei de ler no Blog do Toninho Moré que empresas e equipes de estudiosos estão analisando o subsolo do Pontal do Paranapanema com o intuito de encontrar xisto gasoso, um mineral oriundo de rochas porosas sedimentares explorado como fonte energética, o que supostamente poderia trazer riquezas para a nossa região. O problema é que o processo de extração deste gás tem como possível consequência a contaminação dos lençóis freáticos e dos aquíferos, o que é altamente preocupante, pois sem xisto, nós sobrevivemos, mas sem água, não dá! Baseado nesta notícia, fiz o poema intitulado "Caiuá/Guarani", com uma temática crítica ambiental. Eis os versos:


"Caiuá/Guarani"

Em um passado não distante,
Há algum tempo atrás;
O ímpeto bandeirante,
Dizimou os Caiuás…

No Velho Oeste adentraram,
Grandiosa expedição;
Mataram, desmataram,
Em nome da civilização!

Pouco restou do cerrado,
Quiçá da Mata Atlântica;
Tudo foi devastado…
História nada romântica!

Mas restou uma riqueza,
Não é um campo petrolífero;
Lençol vivo na profundeza,
Um precioso aquífero…

Que por coincidência,
É chamado Guarani;
Em merecida reverência…
Ao povo Tupi…

Mas há novos Bandeirantes,
Rondando o Pontal;
E assim como antes,
Buscam o vil metal…

Em porosas rochas,
Talvez encontrem xisto;
As pessoas, curiosas:
“Mas o que seria isto?”

Sonhando com a bonança,
Uma pergunta, ninguém faz…
Questiono, como criança:
Beberemos água com gás?

* O Eldoradense

  

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