E ontem foi dia de realizar um voo imersivo em FPV com o DJI Avata 2 no centro histórico de Presidente Venceslau para conferir os preparativos da Vila Natal em nossa cidade...
* O Eldoradense
E ontem foi dia de realizar um voo imersivo em FPV com o DJI Avata 2 no centro histórico de Presidente Venceslau para conferir os preparativos da Vila Natal em nossa cidade...
A última semana trouxe consigo desdobramentos importantes acerca da condenação de Jair Bolsonaro. Começo o texto falando sobre o fim das sanções norte americanas impostas por Trump aos principais produtos brasileiros exportados para aquele país. Pois é, contrariando as previsões de muita gente, o tal "tarifaço" é fatura liquidada, c´est fini, game over, ou qualquer outra expressão similar ao "acabou" de Galvão Bueno após o Brasil se tornar tetracampeão mundial de futebol em 1994. Ainda sobre isso, transcrevo a previsão "brilhante" de um comentarista anônimo no meu blog: "Tá difícil engolir o xarope ianque? A dose vai aumentar". A dose não só diminuiu aos poucos, como praticamente foi extinguida, para desespero daqueles que torcem contra o país motivados por uma simples derrota eleitoral. Seria desonesto atribuir o recuo de Trump aos parcos 40 segundos de conversa entre Lula e o presidente norte americano. Muito provavelmente o xarope ianque percebeu o impacto negativo do tiro que deu no próprio pé, onde os produtos tarifados encareceram o custo de vida do povo norte-americano.
Um dia depois, o "ferro": Não é uma metáfora, mas sim, uma alusão ao fato de Bolsonaro ter tentado violar sua tornozeleira eletrônica com um pedaço de ferro quente. Réu confesso na tentativa, desmontou toda a narrativa dos seus defensores que alegavam que sua prisão preventiva na carceragem da Polícia Federal, decretada por Alexandre de Moraes, teria sido motivada por uma inocente vigília em frente à sua casa em um condomínio. Condomínio este que comemorou muito a decisão tomada pelo ministro do STF, o que indica o quanto Bolsonaro deve ser um vizinho agradável.
Protestos contra a prisão foram organizados pelos filhinhos do papai. Sim, claro, pois este é um país democrático que preza pela liberdade de expressão. Perto do condomínio onde morava o ex-presidente, Ismael Lopes, um dos coordenadores da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, acreditou mesmo que bolsonaristas lutam por liberdade de expressão e democracia. Pegou o microfone e discursou... Contra Bolsonaro!
Sabe aquele palmeirense que, infiltrado na torcida do Corinthians, comemora um gol do verdão no tobogã do Pacaembu? Pois é, não deu bom: O corajoso - ou talvez ingênuo - homem foi expulso a socos e pontapés pelos pacíficos "vigilantes da democracia e liberdade de expressão".
Enfim, a lista de barbeiragens estratégicas cometidas por esta gente é grande. Eduardo Bolsonaro, pelo visto, vai ter que ficar um bom tempo na Disney. Jair, que um dia zombou explicitamente da prisão de Lula, está vendo que o mundo dá voltas e que a Terra não é plana. Quem com ferro quente fere, com ferro quente será ferido, como profetiza o dito popular. E quem defendia torturadores da época da ditadura militar, hoje clama por prisões humanizadas. Finalizo dizendo que os pitis de Bolsonaro diante da prisão provam duas coisas: Ou é um teatro patético simulando fragilidade, ou o ex-presidente tem a resiliência de manteiga derretida sobre uma fatia de pão quente. É, este é o "mito"...
* O Eldoradense
Em 2014, escrevi para o blog, os versos "Por do sol em Epitácio". Com a ajuda da Inteligência artificial consegui sobrepor melodia aos versos, que resultaram numa roupagem atual com música. O clipe é uma mistura de imagens animadas com inteligência artificial e captura de vídeos feito com drone. Confiram!
... E dando continuidade ao processo de musicar em Inteligência Artificial os versos que compus no passado e publiquei no blog, neste domingo trago em clipe e melodia "Tributo às ferrovias". Os versos foram escritos em 2015, sendo que, na época, o título do poema era "O Trem". Adaptei o título ao contexto atual, mas a letra foi mantida em sua total originalidade, como em todas as outras músicas compostas por IA que publiquei recentemente. A animação, obviamente, foi feita também por Inteligência Artificial. Com vocês: "Tributo às ferrovias"...
* O Eldoradense
Se a frase "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é" fizer algum sentido real, então, automaticante, estou no clube dos bons. Em 2018, escrevi "Assacinaram o portuguêis", onde a história de um triângulo amoroso culminava na morte de um casal de amantes: Ela, uma mulata casada sambista, e ele, portugês dono de padaria. A narrativa continha vários ortográficos, para fazer uma analogia entre o assassinato fictício, e os vários equívocos que são cometidos na escrita do nosso idioma.
Em 2025, a letra foi musicada através de IA, transformando-se num samba raiz que ao mesmo tempo que é trágico na essência da sua história, é cômico na interpretação, onde os cantores cometem vários erros de pronúncia das palavras.
Com vocês, "Assacinaram o portuguêis", versão 2025, transformada em música e clipe em formato de fotonovela...
* O Eldoradense
Em 2019, compus a letra de uma música chamada "Eva Angélica". A mesma tratava da improvável conquista de um homem ateu apaixonado por uma mulher evangélica. Como eu entendo um pouco de letra, mas absolutamente nada de melodia, o singelo projeto não seguiu adiante. Porém, 6 anos depois, com a ajuda da Inteligência Artificial, consegui musicar a letra, que ficou mais ou menos assim...
Com vocês, "Eva Angélica" versão 2025.
Letra: Luiz Fernando Ribeiro
Melodia interpretada por IA
Semana passada o Rio de Janeiro mais uma vez protagonizou o noticiário nacional no que diz respeito à violência, quando uma megaoperação das Polícias fluminenses contra o tráfico de drogas ocorreu principalmente nos Complexos do Alemão e da Penha, tendo como saldo quatro 121 mortes, sendo 117 de soldados do crime, e 4 dos agentes públicos da lei.
Sempre digo que apesar da desigualdade social gritante deste país ser um dos elementos responsáveis pela criminalidade e violência, é fato que quem pega em armas para atirar contra a polícia assume os riscos em relação à própria sentença de morte. E obviamente, não é para ser diferente. Que, apesar de o Poder Público estar ausente nas favelas das grandes capitais brasileiras e só aparecer na hora de apresentar medidas paliativas de segurança, é fato que quem se torna soldado do poder paralelo tem dois destinos prováveis: A cana, ou a cova.
De resto, quanto ao apoio da população, as pesquisas mostram que a maioria das pessoas que vivenciam, de fato, o problema - os moradores das favelas - apoia megaoperações realizadas com o intuito do combate ao tráfico. Muito provavelmente porque a opressão e o medo proporcionados pelos traficantes no cotidiano sejam bem maiores que os riscos de serem atingidos pelo fogo cruzado entre policiais e criminosos.
Até aí, ok, se não houvesse um porém: E depois? O Poder Público, após sua ação, vai se impor efetivamente nestes lugares , agir de forma mais eficiente e se firmar neste território hostil que precisa, de fato, da presença dele? Ou vai continuar agindo de forma pontual, tratando os sintomas e não as causas do problema?
Vejam bem: O questionamento não é quanto à operação em si, mas sim, ao fato de ela ser uma ação isolada que precisa de complementos bem mais amplos para surtirem efeito duradouro, e não momentâneo. É pelo fato do Poder Público - nas diferentes vertentes - precisar extirpar, efetivamente, a opressão do Poder paralelo nas favelas. Exemplo? Aqui em São Paulo, o chamado "Massacre do Carandiru" resolveu a problemática da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios? E quando falo "fora" não é só nas ruas, falo também das suas ramificações na Faria Lima, coração do mercado financeiro do Brasil.
É preciso que se trate o problema de forma integral, e não apenas com suas facetas ideológicas visando ganhos futuros e imediatos, politicamente falando. E isso vale para ambos os lados: Tanto para os que condenam totalmente a operação e que não veem o lado de uma população oprimida cotidianamente pelo tráfico, como também para aqueles que acham que a operação, por si só, resolve o problema: Sem educação, saúde e segurança presentes, de fato, nestas comunidades, continuaremos a produzir cenas lamentáveis de carnificina, infelizmente.
Quem atira contra a polícia, repito, independente de quem seja, assume os riscos da própria sentença de morte. Vale para o soldado do tráfico que o faz no morro, mas valeria também para o político corrupto que o fez em sua mansão, às vésperas das eleições presidenciais, também morador do Estado do Rio de Janeiro.
O bandido rico que atirou contra a polícia já cumpre prisão domiciliar, ao contrário do bandido do morro que teve sua pena de morte decretada. Para o criminoso político rico e influente, a cana no aconchego do seu lar, é claro. Para o soldado favelado do tráfico, a cova. Crimes bem parecidos, mas com desfechos diferentes. E e aí onde está a diferença entre os que têm sede de justiça para os que defendem uma justiça seletiva, ou pior: Que têm perfil justiceiro.
Particularmente, lamento profundamente a morte dos policiais e a dor das suas respecivas famílias. Quanto aos soldados do tráfico, vejo que procuraram a própria sentença de morte, e se não há motivo algum para lamentações, também não vejo motivo de orgulho e comemorações exercidas por boa parte da sociedade. A segurança pública no Brasil está sendo negligenciada de longa data, e o que vejo é muita pirotecnia tanto dos que se dizem arautos dos direitos humanos, quanto dos justiceiros de plantão. É preciso mais ações técnicas e multifatoriais para resolução efetiva do problema, e o que estamos vendo hoje são apenas paliativos para angariar dividendos políticos a curto prazo.
* O Eldoradense
Em resumo, o Pacto federativo é um mecanismo legal que trata da distribuição dos recursos e responsabilidades de cada uma das esferas do Poder Público - União, Estados e Municípios. Está previsto desde 1891, dois anos após à Proclamação da República, e sua versão mais atual e moderna é a da Constituição de 1988.
Porém, sua intervenção inicial com o intuito de mitigar disparidades regionais ocorreu durante o Estado Novo criado pelo gaúcho Getúlio Vargas. Antes disso, os dois estados mais populosos do Brasil concentravam de forma proporcional e direta o retorno das suas arrecadações, num modelo que beneficiava explicitamente as oligarquias destas duas províncias. Este antigo molde era classificado por "Federalismo Oligárquico".
Com o novo modelo instituído por Getúlio Vargas, os Estados perderam a autonomia de gestão dos recursos, que ficou centralizada, e os repasses dos mesmos não aconteceram de forma simétrica e proporcional à arrecadação dos mesmos. Porém, é fato que a centralização da gestão destes recursos durante o regime ditatorial de Vargas não diminuiu as disparidades regionais na prática, muitos especialistas alegam que até aumentaram. Portanto, efetivamente, Vargas priorizou a centralização da arrecadação, e a redução das desigualdades foi mais um pretexto do que um objetivo.
A mais recente versão do Pacto Federativo, prevista na Constituição Federal de 1988, dá maior autonomia aos estados e municípios, porém, prevê que os repasses por parte da União aconteçam de forma assimétrica, beneficiando os estados mais pobres da federação, novamente, com o intuito de mitigar as disparidades entre as regiões do Brasil. De forma objetiva, efetiva e estatística, tais desigualdades diminuíram, ainda que permaneçam e talvez não tenham sido mitigadas na velocidade almejada, certamente por conta da corrupção dos agentes públicos.
Todavia, é a partir deste mecanismo de tentativa de correção e diminuição das desigualdades que muitos cidadãos das regiões economicamente mais prósperas recorrem aos argumentos da "justiça e da meritocracia" para alimentar ideias separatistas: Segundo eles, quem arrecada mais, "trabalha mais", e portanto, deveria ter os repasses diretamente proporcionais às suas respectivas arrecadações.
Penso que se assim fosse, as diferenças regionais enormes que ainda existem, seriam maiores. Os movimentos migratórios em direção às regiões mais ricas seriam recorrentes, o que poderia gerar mais desequilíbrio populacional e dificultar, inclusive, o desenvolvimento das regiões do Centro-Sul do país. E é aí onde entra o radicalismo separatista e delirante de alguns: Para evitar a migração, os defensores da ideia - ao meu ver, mais latente no sul - explicitam, de forma bem clara, a intenção da divisão do país em duas partes: Uma compondo o Norte e o Nordeste, enquanto a outra, as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
É bom salientar que já nos primeiros parágrafos da Constituição Federal é dito que a Federação brasileira é indissolúvel, caracterizando a indissolubilidade "cláusula pétrea" da Carta Magna, não podendo ser alterada nem mesmo sob emenda constitucional. Que, portanto, qualquer movimento separatista efetivo que venha a usar métodos que se utilizem da violência ou da força para alcançar tais objetivos, é caracterizado crime.
Debater ou discutir o Pacto Federativo, visando revisá-lo? Sim, isso é previsto no Estado Democrático de direito, obviamente. Debater o separatismo, ainda que seja um delírio elitista, de quem se acha "os donos da cocada branca"? Também, pois a democracia tolera devaneios no campo das ideias. Porém, qualquer coisa que vá além disso, é crime, é tentativa de golpe. E a história recente do nosso país mostra que nossa democracia é bem tolerante com as ideias. Mas com violência em tentativa de golpe, não!
* O Eldoradense
E no próximo final de semana terá início a 1ª Festa do Peão de Presidente Venceslau, cujo o palco, será, mais uma vez, o tradicional recinto Alfredo Ellis Neto. Em dois dias distintos, os drones DJI Avata 2 e Mini 3 Pro fizeram imagens do local. No primeiro, o DJI Avata 2 filmou os preparativos finais para a realização da festa no recinto, e no segundo, o Mini 3 Pro fez as imagens logo após a cavalgada de abertura do evento. Confiram!
Uma das principais avenidas de Presidente Venceslau, a Newton Prado se estende desde o centro da cidade, na cruzamento com a avenida D. Pedro ll, até à rotatória do Rotary, próximo à quadra de beach tênis do Dagão. Destaca-se pelo fluxo intenso de veículos e pelos inúmeros estabelecimentos comerciais em sua extensão. No último domingo, esta importante via de nossa cidade foi filmada em voo noturno pelo Mini 3 Pro. Confira!
Há pouco mais de dois anos, o grupo terrorista Hamas realizou um ataque covarde em uma rave que ocorria em Israel. Inicou-se, a partir daí, uma sangrenta guerra que seria mais um dos inúmeros capítulos do conflito árabe-israelense. A nova carnificina no Oriente Médio parecia não ter fim. Líderes do mundo todo manifestaram sua opinião, sendo que o presidente Lula subiu o tom, comparando a ação de Israel ao Holocausto. Reitero que ao meu ver, a fala foi inoportuna e exagerada, pois, como eu disse em texto anterior, na Alemanha do século passado, não houve uma ação concreta dos judeus para justificar o extermínio em massa de Hitler. No caso de Israel, é fato que a reação do país judeu tenha sido desproporcional, porém, houve uma ação concreta e violenta do Hamas para justificar, ao menos, a guerra.
Dito isso, é importante salientar que apoiar a criação de um Estado Palestino difere totalmente de um apoio ao Hamas. Quem alega que uma coisa se mistura com a outra, das duas, uma: Ou é desprovido de inteligência, ou usa a confusão como artifício de uma tática corriqueira atualmente, a desonestidade intelectual. Isso ocorre quando o sujeito sabe que o que alega não é verdadeiro, mas assim o faz para confundir os mais desinformados em benefício das próprias convicções.
A criação de um Estado Palestino prevê o surgimento de um Estado oficial na Faixa de Gaza, com reconhecimento internacional, sujeito também à repreensões e sanções internacionais em casos de abusos contra os direitos humanos. É uma corrente que muitos líderes internacionais de todos os continentes defendem: Para se ter uma ideia precisa, dos 193 Estados-membro da ONU, mais de 140 já reconhecem a independência palestina; (inclusive o Estado do Vaticano).
É fato dizer que o recente cessar fogo no Oriente Médio não signifique, necessariamente, que a paz foi instaurada em uma região tão conturbada do globo terrestre. Também não dá para deixar de reconhecer a intervenção oportuna e precisa de Donald Trump no processo. O presidente norte-americano chegou a dizer para Netanyahu: "Você vai parar esta guerra agora!" ao passo que também foi enérgico com o Hamas, exigindo a devolução dos reféns vivos e dos corpos das vítimas fatais dos terroristas.
Trump exigiu também o desarmamento dos extremistas, e aí, sinceramente, tenho dúvidas que aconteça, pois o Hamas é um grupo extremista e covarde. Caso não ocorra, prometeu fazê-lo à sua maneira, e caso as ações aconteçam contra os criminosos , sem os exageros cometidos pelos israelenses, que assim seja. Netanyahu foi oportunista, usou o ataque do Hamas como pretexto para justificar sua política expansionista e opressora contra os Palestinos, inclusive para abafar as crescentes denúncias de corrupção dentro do seu próprio governo.
Que o Estado Palestino seja criado para autonomia e soberania dequele povo e que o Hamas sofra as consequências de suas atrocidades. Que o cessar fogo deste momento não seja apenas um alento, mas um marco no início de um processo de paz no Oriente Médio. De uma forma ou de outra, Trump teve seu mérito, e, antipatias à parte, é preciso reconhecê-lo.
* O Eldoradense
Esta Área de Preservação Permanente foi bastante valorizada em Presidente Venceslau. Margeada pelo prolongamento da Avenida Newton Prado, a mesma tem muitas árvores, bambuzal e até a presença de alguns simpáticos bugios, que sempre aparecem no fim de tarde beirando a calçada, fazendo a alegria das crianças e famílias que visitam o local. Há também um curso d'água que se dirige em direção ao Venceslau Clube, que em outros tempos, era bastante poluído, exalando mau cheiro. Hoje, a realidade é outra, com preservação ambiental e, ao que tudo indica, revitalização do curso d'água e mata ciliar com sensível diminuição dos poluentes.
Porém, recentemente, um espelho d'água surgido no início da APP, próximo à quadra de beach tênis do Dagão, tem me chamado atenção: Em alguns dias de manhã, notei a presença de funcionários da prefeitura vistoriando o local. Algum fenômeno atípico acontecendo, ou uma futura obra? Não tenho a resposta, mas sobrevoei o local para tentar desvendar alguma coisa, sem sucesso. Voa comigo?
* O Eldoradense
Há algumas décadas, o fenômeno era mais explícito e parecia não haver muita preocupação do Poder Público a respeito: As cidades brasileiras cresciam de forma desordenada e sem adensamento, como se os novos bairros fossem "ilhas urbanas" distantes do centro geográfico das mesmas. Havia inúmeros vazios urbanos entre o centro e o subúrbio, causando transtornos para os moradores destes bairros jovens, pois a infrastrutura dos mesmos era precária, e as novas demandas, favoreciam, é claro, os especuladores imobiliários.
O deslocamento cotidiano dos moradores da periferia, por si só, demandava a necessidade de transporte coletivo. Chegavam, de forma demorada e posterior, outros benefícios, como pavimentação asfáltica, por exemplo. Quem possuía terras neste hiato ou intervalo urbano - muitas vezes, pastos - tinha seus imóveis consideravelmente valorizados. Ou seja: O sofrimento de muitos significava oportunidades para outros.
Na maior parte das vezes, os novos bairros surgiam pela iniciativa dos empreendedores privados: Dividiam-se terrenos distantes em áreas rurais sem qualquer infraestrutura, mantinha-se o vazio urbano intercalado, e depois, era só esperar os ganhos financeiros: Em primeiro momento, na venda dos lotes, e posteriormente, na valorização dos espaços vazios futuramente beneficiados com as obras realizadas pelo Poder Público. É bom ressaltar que a cumplicidade do Poder Público, muitas vezes, ia além: Ele próprio, quando construía casas populares, agia da mesma maneira: Conjuntos habitacionais surgiam em espaços distantes e ilhados, e, em alguns casos, até mesmo sem rede de esgoto concluída e em terrenos impróprios, com topografia desfavorável, por exemplo.
Atualmente, a realidade parece estar mudando lentamente em muitos municípios: Em várias cidades, os investidores imobiliários privados, por obrigação legislativa, passaram a ter que entregar seus empreendimentos com infraestrutura básica. Os novos conjuntos habitacionais com investimentos públicos, entregam, para seus mutuários, além das casas, energia solar e pavimentação. Quanto às áreas onde são construídas, priorizam-se espaços já integrados ao tecido urbano, incluindo mais e segregando menos. Em várias localidades, a legislação local adota o IPTU progressivo para terrenos, lotes e área ociosos, coibindo, de alguma maneira, a especulação.
Porém, mitigar ou consertar os erros históricos cometidos durante o processo de urbanização do Brasil é um desafio enorme, principalmente nas grandes cidades, onde são mais latentes. As favelas são a prova mais explícita destes erros. Muitos moradores sequer habitam ruas com nome e CEP, por exemplo. Nas cidades de médio e pequeno portes, a distância significativa do centro e a falta de pavimentação asfáltica ainda estão presentes.
Contudo, é fato que houve uma mudança de comportamento do Poder Público acerca do fenômeno, e este já é um primeiro passo. Esta mudança se deve, principalmente, por conta da percepção de que cidades com tecido urbano adensado e integrado tornam os custos de serviços e obras mais baratos: Distâncias menores trazem menor oneração com transporte coletivo, coleta de lixo, fornecimento de água, saneamento, energia elétrica e internet, por exemplo. Enfim, o tecido urbano integrado e adensado é menos oneroso, mais funcional, além de ser, obviamente, mais inclusivo e harmônico, trazendo mais dignidade aos moradores menos abastados.
* O Eldoradense
Desta vez a lente da câmera do DJI Avata 2 sobrevoou as dependências do Pontal Flora, empresa que trabalha com o manejo de mudas de árvores em Presidente Venceslau. Estrutura magnífica, ainda mais admirável por outros ângulos. Confira!
Há alguns dias, postei no Facebook um enunciado de fatores recentes que ao meu ver, deram sobrevida à esquerda no tocante a vislumbrar a reeleição de Lula para 2026. Reeleição esta que mesmo os mais otimistas eleitores esquerdistas via como incerta, haja vista que o atual mandato do Governo Federal sangrava em meio a quedas sucessivas nas pesquisas de opinião a respeito de sua popularidade.
Mas, como eu disse em texto anterior, se tem um elemento que serve para ressuscitar ou manter acesa a chama do petismo é o Bolsonarismo. Sim, o Bolsonarismo faz com que o Lulopetismo seja retroalimentado, mantendo o esquerdista à esquerda e fazendo com que boa parte dos eleitores de centro ou até mesmo indecisos, façam a conversão para o espectro canhoto da política brasileira.
O primeiro elemento citado foi o crime de lesa pátria cometido por Dudu Bolsonaro ao pedir arrego na barra das calças do Trump e está atrelado ao segundo elemento: O tarifaço. A esquerda foi sagaz em elaborar uma narrativa nacionalista acerca do fato, colocando os Bolsonaro como traidores da pátria, incutindo o discurso de que os interesses pessoais sobressaíram sobre o coletivo, o nacional. Estavam errados? Não, pois foi isso mesmo o que aconteceu! Financiadores de campanha de Bolsonaro começaram a amargar prejuízos financeiros com a medida, pois boa parte deles mantinha exportações para os Estados Unidos e se viram vítimas de uma chantagem que fere a soberania nacional.
O terceiro elemento, obviamente, foi a condenação de Bolsonaro pelo STF no inquérito de tentativa de golpe. Por 4x1, o STF decidiu o que todo mundo sabia, mas que precisava ser oficializado: Bolsonaro liderou sim, uma tentativa de golpe, que culminou nos atos lamentáveis ocorridos em 8 de janeiro. Mais uma vez, só quem acha Bolsonaro inocente, são os Bolsonaristas. Esquerdistas, obviamente, achavam-no culpado, e boa parte dos eleitores de centro e indecisos, tiveram a percepção de que a justiça foi feita de forma imparcial, respeitando o amplo direito de defesa e o princípio do contraditório.
O quarto e mais recente elemento foi a votação na Câmara da tal "PEC da blindagem" atrelada ao projeto de anistia ampla, geral e irrestrita. Mas que patifaria, hein? Deputados queriam ser julgados apenas com autorização deles mesmos, abrindo espaço para ampliar a sensação de impunidade que existe neste país desde sempre.
No último final de semana houve manifestações em várias cidades brasileiras, manifestações estas, diga-se de passagem, organizadas pela sociedade civil, mas que a esquerda, mais uma vez, soube abraçar para si. A boa e amada bandeira brasileira, sequestrada por um grupo político, voltou a ser de todo um país, e o tal projeto de anistia "ampla, geral e irrestrita", se tornará, no máximo, uma revisão das penas criminais, tendo como líder, o deputado Paulinho da Força. Sobre a PEC da blindagem, que nasceu em meio à grande impopularidade, a mesma foi barrada no Senado.
E ainda há um possível - e eu repito possível - quinto e futuro elemento: Os desdobramentos de uma provável conversa entre Trump e Lula, depois do breve encontro de ambos os líderes na Assembleia Geral da ONU. Trump elogiou Lula, e disse que rolou uma "química" entre ambos. O Itamarati e até mesmo Lula, obviamente, estão cautelosos quanto à fala.
Porém, este é um outro caso em que a esquerda já pode cantar vitória, na minha opinião: Se Lula for maltratado por Trump durante a conversa, reforça o discurso da soberania e do nacionalismo. Por outro lado, se Trump realmente estiver revendo seus conceitos quanto ao Brasil, Lula poderá ser contextualizado como alguém de fato carismático, aberto ao diálogo e bom negociador.
Como eu disse em várias oportunidades: O Lulopetismo estava praticamente morto até surgir o mandato presidencial de Bolsonaro. E agora, com um governo até então impopular aos olhos da população, Lula respira e já consegue vislumbrar um cenário bem menos desfavorável rumo à reeleição, graças aos sucessivos erros do Bolsonarismo. Aguardemos os próximos capítulos...
* O Eldoradense
O segundo maior estádio de futebol do interior brasileiro é o Paulo Constantino, popularmente chamado como "Prudentão", e está, obviamente, localizado na cidade de Presidente Prudente-SP.
Possui capacidade para aproximadamente 46 mil torcedores, foi fundado em 1982 e já teve seu nome modificado para Eduardo José Farah, voltando posteriormente ao nome original.
A partida inaugural foi entre as equipes do Santos x Corinthians de Presidente Prudente, no ano de 1982, com vitória do time litorâneo pela contagem mínima, também conhecida como 1x0.
Neste palco já desfilaram dois dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro: Ronaldo Fenômeno e Neymar. Aliás, foi no "Prudentão" que Ronaldo fez seu primeiro gol com a camisa do Corinthians, empatando o jogo no último minuto em clássico contra o arquirrival Palmeiras, no Paulistão de 2009.
Atualmente, o Grêmio Prudente, na divisão A-4 do Campeonato Paulista é o clube que manda seus jogos no Estádio. E ontem, o "Voa comigo" fez um registro de imagens como o drone DJI Avata 2 nas dependências desta grandiosa arena futebolística do interior do Estado de São Paulo e do Brasil. Confira!
O Rio do Peixe nasce em Garça, segue o seu curso em direção ao Oeste do Estado de São Paulo e deságua no Rio Paraná, delimitando as microrregiões paulistas do Pontal do Paranapanema e a Nova Alta Paulista. E é no Distrito do Campinal, pertencente ao município de Presidente Epitácio, próximo à sua foz, que ele apresenta uma das suas mais belas paisagens, que renderam belíssimas imagens aéreas para os drones Mini 3 Pro e DJI Avata 2. Confira!
As primeiras pedras que eu havia cantado sobre Jair Bolsonaro datam de antes de ele ser eleito. Conhecendo o seu passado improdutivo enquanto Deputado Federal, bem como seu discurso idiota, sensacionalista e inflamado, não seria preciso ter o dom da vidência para saber que boa coisa dali não sairia.
E vieram o mandato presidencial pífio, a gestão desastrosa e zomebeteira acerca da pandemia, as ameaças constantes de golpe, os questionamentos sobre o processo eleitoral e as afrontas aos Ministros colegiados do STF.
Com um repertório tosco e motivado por uma minoria barulhenta que propagava fake news querendo tomar o poder à força, o primeiro revés relevante veio nas urnas: Tornou-se o primeiro presidente a não obter êxito ao tentar reeleição, perdendo para Lula, que até 2018, juntamente com o PT, estava enfrentando rejeição monstruosa da população brasileira. Pois é: Bolsonaro não só conseguiu se autodestruir politicamente, como conseguiu a façanha de ressuscitar alguém que parecia totalmente fora do jogo eleitoral presidencial após absolvição - ou descondenação, chamem como quiserem - pelo STF.
O segundo revés relevante e galopante em progressão contínua, foi a inelegibilidade. Por cinco votos contra, e apenas dois a favor, o ex-presidente atingiu esta condição por abuso do poder econômico durante o pleito de 2022. Gradualmente, o ex-presidente parecia querer ultrapassar os limites legais, desafiando os Ministros do STF, como se ele estivesse acima do bem e do mal.
Mas aí, não contente, veio o fatídico e lamentável episódio do 08/01/23. Depredação, vandalismo, cenas paralelas à invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, após a derrota do xarope ianque, o tal de Donald Trump. Para deduzir que aquela palhaçada iria resultar em condenação por tentativa de golpe, não precisa ser bacharel em direito: Bastava saber juntar lé com cré, ter dois dentes e não babar.
Na iminência das provas juntadas, da culpa anunciada e no desespero, vieram os pedidos de anistia - até mesmo sem condenação lavrada - e agora, as ameaças vindas dos Estados Unidos, sejam através de sanções econômicas até o delírio de intervenção militar. E o pior: Tem gente adorando isso tudo!
Os parágrafos seguintes dizem respeito ao que é opinião e o que é fato: O sujeito tem todo o direito de venerar Bolsonaro, de colocar poster dele no quarto, de rezar pelo ex-presidente, de visitá-lo na cadeia, de propagar aos quatro ventos que o "mito" foi condenado sem provas. Porém, fatos, são fatos, e decisões técnico judiciárias são fundamentadas, não são pautadas em "achômetro". Luiz Fux, até agora, foi o único que votou pela absolvição, e ponto, respeito seu voto, ainda que eu discorde. Porém, como eu disse, foi o único que teve esta compreensão, portanto, assim como nas urnas, venceu a maioria colegiada pela condenação.
Foram respeitados todos os trâmites legais e o princípio do contraditório. Pedidos pela anistia virão, novas chantagens também, e sim, há a possibilidade de Bolsonaro ser liberto em breve, afinal, este país geralmente pune de forma severa somente os mais pobres, e dificilmente o repertório será mudado.
Mas sim, Bolsonaro foi condenado como merecia, aliás. No campo dos fatos e das leis, está consumado. No campo das opiniões e interpretações, é direito o cidadão apaixonado ter seu criminoso de estimação, negar de forma veemente os fatos, afinal, numa democracia, há liberdades, inclusive para chorar. No meu caso, que raramente bebo, vou abrir uma cerveja - sem álcool - para brindar. Falta de aviso, não foi!
* O Eldoradense
No alto da minha cidade,
Há um imponente
mirante;
Aguçando a
curiosidade,
Sobre um passado
distante...
Um guardião soberano,
Calado e misterioso;
Que, ano após ano,
Tornou-se idoso
Construção cansada,
Em eterna atenção;
Sentinela avançada,
Que remete à
fundação...
Deste mirim povoado,
Do Oeste paulista;
Foste fiel soldado,
Zelando pela
conquista
Como é belo,
Teu semblante
medieval;
Pequeno castelo...
De Presidente
Venceslau!
* O Eldoradense
No meio da última semana, li, com muita empolgação, que Presidente Epitácio irá receber um mega investimento no setor de hotelaria. Trata-se da construção de um grande resort, com estrutura sofisticada, à altura do real potencial turístico da cidade, que, ao meu ver, deveria ser melhor explorado.
Digo isso porque a beleza cênica do município é impressionante, e muito disso se deve à hidrografia do lugar, que tem no Rio Paraná seu protagonista, mas conta também com seus afluentes propícios para a pesca, como os Rios Santo Anastácio, a foz do Caiuazinho e o Rio do peixe, por exemplo. E é nestes dois pilares que eu penso que Presidente Epitácio deveria explorar melhor seu potencial turístico: No lazer aprazível e tranquilo que a Estância turística pode oferecer, bem como, na pesca, que possui cada vez mais adeptos e pode ser um grande chamariz de turistas, a exemplo do que acontece em terras pantaneiras dos estados do Mato Grosso do sul e Mato Grosso, por exemplo.
O capital privado já tem percebido isso, haja vista o anúncio do investimento citado acima, bem como a recente aquisição do antigo complexo das Thermas por outro investidor, com o objetivo inicial de reativação da área de lazer, mas com previsão de leilão futuro para aquisição do hotel.
Presidente Epitácio tem tudo para não ser apenas mais uma Estância turística, e penso que certamente dá para ir mais além: O município pode se tornar uma "marca", uma referência de peso maior no turismo do interior paulista. E é aí que entra o Poder Público: Na necessidade de ser mais incisivo na busca de parcerias e convênios com os Governos Federal e Estadual, almejando a modernização e o embelezamento do perímetro urbano, visando a construção de novas praças e incremento das já existentes, bem como dos Parques (Orla e Figueiral).
Há também a necessidade de potencializar o calendário de eventos para além da alta temporada, buscando atrair os turistas também para períodos de outono e inverno, como se faz em cidades litorâneas: Eventos culturais, festivais de música, teatro, literatura, eventos esportivos, bem como eventos gastronômicos, tendo como carro chefe a culinária ribeirinha.
É fato que o slogan "O por do sol mais bonito do Brasil" adquiriu um peso midiático considerável, e eu torno a dizer que a música "Cais do Porto" também poderia incrementar o combo de divulgação da cidade para o turismo.
A cidade tem potencial para explorar mais as oportunidades que o Rio Paraná pode oferecer: desde os banhos de água doce, passando pela pesca, pela culinária ribeirinha, pelos esportes náuticos, pela contemplação cênica, pelos passeios de barco.
Referente a isso, no último mês, uma embarcação vinda de Buritama realizou um passeio fluvial em três finais de semana na cidade. Prenúncio de mais um atrativo futuro? Por que não?
Presidente Epitácio já tem o por do sol mais bonito do Brasil. Todavia, é fato que a cidade pode e merece brilhar ainda mais do que já brilha no setor turístico. Tomara que o sol da prosperidade, sob as bênçãos de Nossa Senhora dos Navegantes, se torne tão radiante quanto as belezas naturais da Joia Ribeirinha!
* O Eldoradense
E começam os movimentos entre os políticos da direita para preencher a lacuna que certamente será deixada por Jair Bolsonaro, seja por simples inelegibilidade ou por pena privativa de liberdade. Acho difícil, ou melhor, praticamente impossível qualquer tarifaço ou Magnitsky reverter tal tendência.
O problema é que estes movimentos irritam o clã Bolsonaro, que vê no ex-presidente a única candidatura viável na direita capaz de vencer Lula. Ou, na pior das hipóteses, reconhecer a viabilidade eleitoral de outros nomes da direita signifique a ratificação prévia da inelegibilidade de Jair, ou até mesmo, de sua prisão. Seria como jogar a toalha verde-amarela no chão.
Carlos Bolsonaro classificou tais movimentos parecidos com o de "ratos" oportunistas em uma publicação compartilhada pelo irmão, Eduardo. Eles querem Jair concorrendo em 2026 e ponto, simples assim. Para tal objetivo, insistem na tese de uma defesa mais contundente em favor do pai por parte de políticos que se beneficiaram na onda Bolsonarista.
O repúdio do clã ao comportamento é parcialmente compreensível e, em primeiro momento, talvez possa soar como infidelidade ou ingratidão. Porém, na atual conjuntura, manter uma fidelidade canina, incondicional ao mito, já soa como teimosia vã, haja vista que, em 2026, Jair Bolsonaro não terá seu rosto estampando nas urnas eletrônicas que ele tanto refuta. Falta um ano para as eleições, a popularidade do atual governo federal não decola, e a partir daí, cria-se um cenário favorável para que outros políticos oposicionistas ambicionem o Planalto.
O primeiro deles, Zema, já lançou oficialmente sua pré candidatura presidencial. O governador de Minas está em seu segundo mandato e não tem motivo algum para resignar-se. Tarcísio (SP), nesta segunda-feira, teve um almoço com banqueiros, e segundo fontes jornalísticas, foi tratado com candidato, ainda que o mesmo alegue que sua prioridade seja uma reeleição praticamente certa no estado bandeirante. No mesmo ensaio de passos presidenciáveis seguem Caiado (GO), Ratinho Jr (PR) e Eduardo Leite (RS).
Mesmo que tais movimentações sugiram uma divisão no espectro destro da política brasileira, penso que no frigir dos ovos o cenário irá convergir para uma candidatura de coalizão, inclusive com o apoio do clã Bolsonaro, ávido por uma futura anistia em caso de condenação paterna e vitória presidencial aliada. Zema e Tarcísio já disseram que assim procederiam com a faixa presidencial no peito.
Não creio que começar as movimentações levando em consideração a inelegibilidade de Bolsonaro soe indigno, nesta altura do campeonato. A realidade começa a se desenhar, e movimentar-se já é uma necessidade, uma adequação. Há os que estão mais reticentes, não por fidelidade à Bolsonaro, mas certamente para não "queimarem a largada" e começarem a ser atacados precocemente. São estratégias, mas todas elas cientes de que precisam dos eleitores do ex-presidente. Muitos não o abandonam, de fato, mas também não o abraçam efetivamente. É a corda bamba, o meio termo, o jogo de cintura que a política exige.
No fim das contas, para os presidenciáveis de direita, será conveniente prometer futura anistia para o mito, inclusive para manter o capital eleitoral do Bolsonarismo. E para o clã Bolsonaro, diante do provável cenário que se avizinha, será necessário, ainda que a contragosto, apoiar um destes nomes.
Portanto, mover-se, apresentar-se, não torna tais presidenciáveis "ratos", mas sim, pragmáticos, objetivos, racionais. Além do mais, quem acabou fugindo para a terra do Mickey Mouse, não foram os governadores presidenciáveis, se é que me entendem...
* O Eldoradense
"Na necrópole automobilística, motores ecoam de uma forma sobrenatural, como se quisessem dar uma arrancada para além de um purgatório onde imperam a ferrugem e o abandono. Que São Cristóvão interceda por estes tristes corpos de lata deteriorada e almas autormentadas. DJI Avata 2 sobrevoando o cemitério de carros..."
E recentemente eu terminei de ler o livro "Duzentas crônicas de Rubem Braga". E se em leitura concluída, tem resenha literária... Confira!
* O Eldoradense
Depois de nove anos, regressei a Morretes, mas desta vez, fiquei hospedado em Curitiba para "descer a serra" no trem turístico que liga a capital paranaense à região litorânea do estado. Eis os registros cinematográficos deste passeio ferroviário tradicional do turismo nacional. O primeiro concentra imagens aéreas da cidade de Morretes, e o segundo, imagens da viagem de trem. Confiram!
Eis que um assunto recente e banal tornou-se tão ou mais propagado que as tarifas do Trump ou a tornozeleira do Bolsonaro: Refiro-me ao tal "Morango do amor" iguaria que atualmente é febre nas confeitarias e cozinhas afora. Tenho lá minhas razões para não acreditar que o tal doce veio para ficar, sendo mais um meme destes efêmeros, voláteis, que somem na mesma velocidade que surgem. Taí! A novidade frutífero adocidada deveria chamar-se "Morango da paixão", já que terá a durabilidade de um amor de verão ou de uma paixonite voraz, repentina.
Certamente a tal onda tem muito a ver com a cor vermelha e intensa da fruta, potencializada pelo brilho sedutor da calda adocicada. E aí, os olhos curiosos emitem estímulos para o cérebro, que, por sua vez, se comunica com as papilas gustativas salivantes, tornando um pequeno doce algo viral, febril, desejável.
Minha percepção prévia de que o "Morango do amor" será algo passageiro baseia-se em duas experiências pessoais do passado: A primeira aconteceu na infância, quando vi em alguma propaganda televisiva, alguém saboreando um morango. Fiquei com muita vontade de experimentar a fruta, que, na década de 80, era rara de se encontrar. E sabe como é: Criança com vontade de comer algo pode ficar febril, portanto, não é bom arriscar. Dei um trabalho danado para o meu pai, que, não sei onde, nem como, acabou encontrando um morango. Na primeira mordida, a decepção com o azedume da fruta. Porém, envergonhado pelo transtorno, fingi que o tal morango estava delicioso.
A segunda experiência que me faz sugerir que o "Morango do amor" é algo passageiro, não é pautada no paladar, nas sim, na audição. Nos anos 2000, uma música chamada "Morango do Nordeste" tornou-se hit nas rádios brasileiras, sendo interpretada por quase todo mundo, nos mais variados gêneros. Tinha "Morango do Nordeste" em pagode, sertanejo, forró. Não me surpreenderia se fosse cantada também pelo Pavarotti ou pelo Sepultura. Enfim, coisa de impregnar os tímpanos. Lembro-me de uma viagem que fiz com meu irmão para Aparecida: Tocou "Morango do nordeste" no ônibus, no hotel, no restaurante, no comércio ambulante da cidade. Pensei comigo: Só falta tocarem isso na Basílica, durante a missa! Felizmente, a tal heresia imaginária não aconteceu. "Morango do Nordeste" marcou uma época, mas não tornou-se atemporal, está anos luz de ser comparada a qualquer clássico dos Beatles, do Roberto ou do Raul.
Desacredito que o tal "Morango do amor" veio para ficar, como tantos outros doces famosos na culinária brasileira. Não terá a longevidade das cocadas, dos doces de leite ou abóbora, quiçá das paçocas. Arrisco dizer que não vai superar nem mesmo sua precursora, a "Maçã do amor", esta sim, robusta, capaz de saciar tanto a fome quanto a curiosidade. Não veremos Morangos do amor nem na Feira de Mangaio, muito menos, no tabuleiro da baiana.
Aliás, seja sincero: Você consegue imaginar a Eva oferecendo um morango para Adão, numa versão repaginada de Gênesis? A fruta é tão pequena que, se assim fosse, Deus nem consideraria pecado, nem expulsaria o casal do Jardim do Éden, e portanto, não existiria a humanidade para transformar o mimo em meme. Seria um gesto efêmero, repentino, similar ao "Vai ser bom, não foi?", se é que me entendem...
* O Eldoradense
E ontem foi dia de curtir o sábado em Presidente Epitácio: Dois voos em FPV, sendo um no Figueiral e outro na Orla, com direito à caminhada para finalizar. Voa comigo!
* O Eldoradense
Anteontem fiz um texto com o objetivo de desmistificar a falácia de uma possível instalação do comunismo no Brasil. Publiquei o escrito no site "Recanto das letras", neste blog, bem como na minha página da rede social. A repercussão foi bastante positiva, tendo unanimidade em relação ao Brasil capitalista e divergências quanto ao regime econômico da China.
Nas redes sociais, a divergência envolveu o fato de que o Estado chinês ainda intervém efetivamente na economia, e que por isso, o país não poderia ser classificado plenamente como "capitalista". De fato, há diferentes interpretações entre os economistas sobre o assunto, que vão desde o "socialismo de mercado" ao capitalismo propriamente dito. Sob a ótica econômica, ninguém classificou o país como "comunista". Há os que defendem que a economia chinesa adotou um modelo híbrido, inovador, diferente de tudo o que já se viu hoje.
Houve uma discordância no whatsapp, onde foram citadas as censuras e a liberdade limitada dos chineses, e que, por isso, o país seria sim, comunista. Reitero: A análise, como dito em um parágrafo do texto, levou em consideração o prisma econômico, não o político. E aí, a discussão envolve ditadura x democracia, e em nenhum momento foi citado que há democracia na China. Portanto, é uma ditadura capitalista.
Lembremos que nós também vivenciamos em um passado não muito distante uma ditadura, e ainda assim, vigorou o capitalismo no Brasil bipartidarista, censor, torturador e sem eleições diretas para presidente. Portanto, uma coisa é o regime político, outra, o sistema econômico.
Dito isso, e acrescentadas as informações nos mais diversos comentários, eu reitero que a China, ao meu ver, é um país capitalista tanto quanto o Brasil, e abaixo, listo os motivos pelos quais assim considero:
1) Apesar da intervenção estatal, a economia chinesa encontra-se amplamente aberta, com importações e exportações para praticamente todo o mundo;
2) Considero o capitalismo chinês tão selvagem quanto o do Brasil levando em conta principalmente fatores como a exploração da mão de obra assalariada e os desafios que o país enfrenta em relação à questão ambiental;
3) A outra semelhança com o capitalismo brasileiro está na discrepância entre as posições chinesas nos rankings do PIB e do IDH, dois importantes indicadores da riqueza e prosperidade de um país. No primeiro ranking, o país encontra-se na segunda posição, enquanto que no outro ranking aparece em septuagésimo oitavo lugar, revelando que em relação à qualidade de vida dos chineses, ainda há muito o que melhorar. Justiça seja feita, esta é uma característica bem típica dos países emergentes, cujo bolo cresce, mas fatiado em tamanho bastante desiguais.
As projeções, portanto, indicam que em um futuro próximo, com relação ao PIB, os chineses têm grandes chances de alcançarem os norte-americanos, líderes de longa data, até então. Porém, em relação ao IDH, a China está atrás de nações sul-americanas como Chile, Argentina e Uruguai, por exemplo.
Talvez as melhoras no IDH pudessem acontecer mediante um processo de abertura política e implementação do regime democrático, o que, sinceramente, duvido que aconteça a curto e médio prazos.
Finalizando, agradeço as participações no último texto, cujos comentários vieram a acrescentar e fomentar o debate pautado em informações, ocorrendo de forma sadia e respeitosa. Democracia é isso!
* O Eldoradense
Em tempos de polarização política, não é raro o indivíduo ouvir que estamos em um país comunista, ou que, numa hipótese mais branda, estamos caminhando para tal. Ouve-se o termo à torto e à direito nas redes sociais, nas rodas de amigos, nos templos religiosos, nas mesas de lanchonetes, na rua, na chuva, na fazenda, ou até mesmo, numa casinha de sapé.
Tenho duas teorias: Algumas pessoas propagam a máxima sem conhecimento de causa, e outras, até conhecem vagamente o conceito, mas propagam propositalmente a mentira para que os desinformados temam fervorosamente um monstro desconhecido que nunca colocou e nem colocará os pés em solo brasileiro.
Cientificamente falando, e de forma bem resumida em relação ao tema, recorrendo ao filósofo e economista alemão Kal Marx, o comunismo é um estágio avançado do socialismo, onde os trabalhadores se apoderariam dos meios e modos de produção, igualando as classes sociais, ocorrendo a ausência da propriedade privada, e principalmente, do Estado. Lembremos que Marx elaborou esta corrente de modelo socioeconômico em um contexto pós Revolução Industrial, onde operários famintos vendiam sua força de trabalho em jornadas desumanas que chegavam a dezesseis horas de trabalho em ambientes insalubres, incluindo, nesta jornada marcada por altíssima exploração, mulheres e crianças. Não é preciso dizer que na atual conjuntura, o comunismo é Utópico, inviável e ineficaz.
O tempo, de fato, provou que o comunismo não funcionou, e talvez os principais marcos de sua ineficácia e derrocada sejam a extinção da União Soviética e a queda do muro de Berlim, na Alemanha do próprio Marx.
Historicamente falando, nunca chegamos nem perto do comunismo: Desde que este país foi colonizado e dividido em capitanias hereditárias até as ameaças tarifárias de Trump, fomos - e somos - um país capitalista selvagem, desigual, disforme, da periferia do capitalismo mundial, mas sob o ponto de vista técnico das ciências humanas e socioeconômicas, capitalista.
Importamos, exportamos, a propriedade privada sempre existiu, elegemos nossos políticos através do voto direto e temos um Estado constituído. Se alguém alegar que "somos comunistas" devido à alta carga tributária, está errado, porque este não é o parâmetro para a denominação. Há países capitalistas de primeiro mundo com altíssimas cargas tributárias que proporcionam qualidade de vida invejável aos seus cidadãos: A Suécia e os países nórdicos da Europa, são exemplos. Infelizmente, é bem verdade não é o nosso caso: Pagamos impostos altíssimos e temos parcos retornos, mas aí, é outra história.
Se alegarem que somos comunistas porque políticos de esquerda venceram boa parte das últimas eleições no país, está aí um outro equívoco: O conceito "esquerda" nasceu na França - um país marcado pelo perfil capitalista - pós Revolução, mais precisamente, no legislativo daquela nação , oriundo do grupo chamado de "Jacobinos". Além disso, se somarmos na nossa história todos os presidentes do Brasil, desde a República Velha, passando pelo Estado Novo, ditadura militar e tempos atuais, veremos que a maioria absoluta é composta por políticos de direita, similares aos "Girondinos" da França pós queda da Bastilha.
É fato que hoje, nem a China, regida pelo Partido Comunista, do ponto de vista econômico, é comunista. O capitalismo chinês é tão selvagem quanto o nosso, porém, pautado na exportação de tecnologia e importação de commodities, num perfil comercial e produtivo inverso ao brasileiro, fruto de pesados investimentos no setor educacional.
Fomos capitalistas, somos capitalistas e seremos capitalistas. Penso que a grande questão é evoluir dentro desta realidade, promovendo inclusão no processo produtivo, no aumento da massa consumidora, diminuindo desigualdades e trazendo mais dignidade para uma parcela maior da produção. É lógico que para muitos capitalistas selvagens e exclusivistas, isso não é interessante. Para estes, é importante propagar a iminência do monstro comunista para manter-se no seletíssimo grupo das minorias privilegiadas, explorando ao máximo mão de obra assalariada precariamente remunerada.
Para a reversão efetiva desta atual e perversa realidade, seriam necessários pesados investimentos em educação, ciência e tecnologia, além, é claro, da diminuição ou extinção da maléfica corrupção, este sim, um monstro ambidestro no espectro político que nos consome desde o Brasil colônia.
Enfim, o ineficaz comunismo aqui passou longe, e o nosso capitalismo é capenga, primário, altamente desigual. Para os que lucram excessivamente com o atual contexto, é interessante propagar o medo do bicho papão e manter a população desinformada, confundida e alienada. E é na falta de instrução e consciência de classe dos oprimidos que os opressores deste país apostam, e há de se reconhecer que estão tendo êxito há mais de quinhentos anos...
* O Eldoradense
E ontem foi dia de realizar um voo imersivo em FPV com o DJI Avata 2 no centro histórico de Presidente Venceslau para conferir os prep...