18 de fev. de 2025

Comentário: "A inflação impede reeleições"

    

 O atual governo federal inicia o seu terceiro ano de mandato de forma nebulosa, no que diz respeito às perspectivas de reeleição, para o ano que vem: Os Institutos de Pesquisa, que raramente falham, diga-se de passagem, indicaram uma queda brusca de popularidade de "Lula 3", algo na casa dos 20%, e o que é pior: O decréscimo ocorreu em seu nicho eleitoral, situado geograficamente em sua maior parte no Nordeste e em relação pirâmide social, basicamente entre os mais pobres. 

   É um duro golpe para o partido governista, não há como tapar o sol com a peneira. As possibilidades de reversão do quadro são improváveis, levando-se em consideração o pouco tempo hábil para as próximas eleições presidenciais. O baque é nítido, perceptível no semblante do presidente, na comunicação desconexa dos integrantes do Partido dos Trabalhadores, bem como na euforia dos opositores, que enxergam claramente a possibilidade de retorno ao poder.

     Para Lula, o fenômeno é raro: Eleito três vezes à presidência, sendo uma delas com a maior votação da história, amargar o dissabor da impopularidade só aconteceu no fim do primeiro mandato, no auge do mensalão, e mesmo assim, os indicadores não eram tão ruins quanto agora.

     Isso mostra que, em suma, nem a corrupção pesa tanto no crivo eleitoral quando a inflação. Ainda que outros indicadores econômicos estejam em um patamar positivo - crescimento razoável do PIB e baixo desemprego - as gôndolas dos supermercados é que, de fato e historicamente, norteiam opiniões. Para piorar a questão, a declaração polêmica e recente do presidente, sugerindo que o consumidor "não compre" para forçar uma improvável queda de preços, também parece ter exercido efeito direto na queda de popularidade, o que não é para menos, obviamente.

     Enquanto eleitor, creio que é iminente a derrota governista, pois, embora internamente a base da situação reconheça o fenômeno, a mesma parece delegar culpas a terceiros e não faz a tão necessária autocrítica. Este comportamento de desconexão da realidade já custou em um passado recente a reeleição do governo anterior, e poderá sim, se repetir com o atual governo em 2026. 

      Se Lula chegar às eleições tão impopular quanto agora, resta saber qual será o comportamento oposicionista visando o Planalto: Candidatura única, caracterizando uma grande coalizão de direita, ou uma possível pulverização de nomes? 

   Neste caso específico, creio que, assim como nos supermercados, vale a lei da oferta e da procura: Poucas opções geralmente custam caro, sendo que quanto mais alternativas e concorrência, melhor para o consumidor, digo, eleitor!


* O Eldoradense

6 de fev. de 2025

5 de fev. de 2025

Comentário: "Primeiros movimentos de Trump"



   Não há como ficar alheio aos primeiros movimentos do segundo mandato do presidente da nação mais poderosa do planeta: Promessa do maior programa de deportações de imigrantes da história estadunidense, protecionismo econômico, suposta anexação territorial da Groenlândia, retomada do controle sobre o Canal do Panamá, ocupação da Faixa de Gaza e expulsão dos palestinos....

    Enfim, a agenda é vasta e controversa. Do campo de vista das deportações, elas são legítimas, mas ao meu ver, desumanas, e eu explico o porquê: Antes que alguém cite o número de deportações exercido na era Biden, é preciso dizer que o presidente anterior previa o direito de defesa e busca por legalização junto à justiça de imigração. Sob Trump elas acontecerão de forma imediata, sem qualquer direito de defesa e respeito ao princípio do contraditório.

    Há de se levar em conta também as possíveis consequências na falta de mão de obra imigrante para a economia americana. Trabalhos de menor complexidade, como por exemplo, os serviços braçais e de menor remunerabilidade são rejeitados pelos estadunidenses e absorvidos por esta massa populacional imigrante. Na ausência destes, quem irá exercê-los? Das duas uma: Ou Trump pretende fazer uma pressão inicial para justificar um compromisso xenófobo de campanha, ou, de fato, ele está alheio a estas consequências previstas por economistas e analistas sobre tema.

  Tais deportações também causam, no mínimo, um "desconforto diplomático" em relação a vários países, muitos deles situados na América Latina, região que sempre sofreu muita influência econômica dos Estados Unidos. Junte este ingrediente às possíveis tarifações sobre produtos oriundos destes países mais o desejo de Trump retomar o controle do canal do Panamá e temos a receita perfeita para que a China ganhe de vez a simpatia latino-americana, aumentando mais sua penetração neste mercado emergente.

     As transações econômicas entre as nações latino americanas e os chineses aumentaram consideravelmente nas últimas décadas, sendo o Oceano Pacífico o principal elo entre eles. Como se não bastasse, há a nítida pretensão da construção da chamada "ferrovia transoceânica", ligando o Atlântico ao Pacífico, numa parceria entre Brasil, Peru e China, criando uma alternativa de rota econômica da América do Sul com a Ásia, que hoje é feita, em grande parte, pelo Canal do Panamá, que Trump quer retomar, diga-se de passagem. Como pretende fazer isso? Espero que seja através de negociações, e não por intervenções bélicas.

   Até mesmo com os vizinhos da América do Norte Trump conseguiu despertar polêmicas: As taxações sobre produtos mexicanos e canadenses vão na contramão do bloco econômico chamado atualmente de USMCA, (antigo NAFTA).

    Sobre o suposto plano anexação do território da Groenlândia, cujo objetivo é obviamente as possíveis riquezas minerais daquele lugar, o mesmo já causou polêmica nas relações com os dinamarqueses, que já alertaram, num passado recente: "A Groenlândia não está à venda" 

     Há ainda a intromissão sobre aquele que talvez seja o mais duradouro conflito étnico da história mundial: O árabe-israelense. Trump disse que fará uma "limpeza" naquele lugar, utilizando-se de uma metáfora infeliz e xenófoba, como palestinos fossem "sujeira". Mais recentemente, deu a entender que a intervenção será contundente e bélica, e que os "Palestinos que busquem outros países". Tal postura foi contestada até mesmo pelo bloco do Euro, aliado histórico dos Estados Unidos.

     Não sei qual será o desenrolar de tudo isso, mas é fato, que, no campo de vista econômico, o mundo está globalizado e tenho dúvidas que protecionismos nacionalistas gerem mais resultados positivos que a integração mundial das transações. Se as taxações passarem a se tornar recíprocas, ainda que os Estados Unidos sejam a nação mais poderosa do mundo, isso, de fato, os beneficiarão? 

    Ultranacionalismos, são, ao meu ver, algo demodê, ultrapassado e contraditório num mundo cada vez mais global. Tão ultrapassado quanto aquele gesto de Elon Musk fez na posse de Trump, saudação esta que ele insiste em dizer que era em alusão ao "Império Romano"...


* O Eldoradense


 


4 de fev. de 2025

Vídeos curiosos: "Sobrevoando o Jardim Eldorado de dentro de casa"

   Uma das grandes vantagens do drone DJI Neo é o fato de ele ser compacto e ágil, vencendo os pequenos espaços e obstáculos, facilitando a pilotagem. Neste vídeo, sobrevoei o Jardim Eldorado sem me dar o trabalho de sair de casa. Confira!



* O Eldoradense

28 de jan. de 2025

Praia das Toninhas, Ubatuba-SP

   E na sequência das apresentações de vídeos aéreos sobre as praias de Ubatuba, um pouco da belíssima "Praia das Toninhas". Confira"


* O Eldoradense



24 de jan. de 2025

Vídeos curiosos: Praia de Santa Rita, Ubatuba

     E quem conhece Ubatuba certamente já ouviu as referências à famosa escadaria da Praia de Santa Rita, cujos degraus apresentam ao banhista um cenário simplesmente paradisíaco...


* O Eldoradense

23 de jan. de 2025

Vídeos curiosos: Mais um pouco da praia da Enseada...

  E o segundo vídeo das minhas férias em Ubatuba este ano mostra um pouco mais da praia da Enseada, com o drone decolando do chalé onde fiquei hospedado, situado a duas quadras do mar...



* O Eldoradense
 

21 de jan. de 2025

Blog retornando das férias...

 E quase um mês apos a última postagem, o blog retorna as suas atividades, ainda sem um texto, mas registrando os melhores momentos da semana que passei eu Ubatuba.  O primeiro vídeo a ser exibido foi uma chamada ao vivo para o Facebook, na Praia da Enseada...



* O Eldoradense

Comentário: "A inflação impede reeleições"

       O atual governo federal inicia o seu terceiro ano de mandato de forma nebulosa, no que diz respeito às perspectivas de reeleição, par...