18 de mar. de 2025

Apresentando os voos em modo FPV...

     Os voos em FPV são uma modalidade diferente no mundo dos drones. A sigla quer dizer "First person view", que significa, em português, "Visão em primeira pessoa". Diferente dos voos mais estabilizados e cinematográficos, o modo FPV é mais dinâmico, com o horizonte ao fundo "destravado", proporcionando a perspectiva de um piloto de avião fazendo manobras. Permite-se voar em em alturas mais baixas e rente aos obstáculos, pois o piloto usa óculos que tornam a experiência imersiva e emocionante, utilizando-se de um controle que se assemelha a um joystick de vídeo game ou um manche de aeronave. 

    Abaixo, dois voos em locais diferentes, com perspectivas também distintas: O primeiro, realizado na Praça do bosque, com narração e gravação de tela dos óculos, incluindo telemetria. O segundo, na praça Nicolino Rondó, com a imagem captada pela câmera do drone. Equipamento utilizado: Drone DJI Neo. A tecnologia chinesa está cada vez mais impressionante!


* O Eldoradense

4 de mar. de 2025

Comentário: "Coisa de cinema"

     


 A semana começou de uma forma histórica para o cinema brasileiro: O filme "Ainda estou aqui" teve três indicações ao Oscar, e venceu com justiça uma delas, a de "melhor filme estrangeiro". Se o fato acontecesse há duas, três décadas, talvez houvesse uma unidade maior em torno da comemoração deste importante feito para o cinema nacional, um reconhecimento uníssono, mas infelizmente, não foi o que aconteceu: A "bendita" polarização política que tem feito parte do cotidiano do país nos anos recentes, fez com que houvesse uma nova divisão de opiniões a respeito do fato: Parte do país comemorou de forma mais efusiva, outra, desdenhou e até chegou a torcer contra.

   Coisa insana, impensável, quase que inadmissível. A polarização não se limitou apenas ao jogo político, adentrou em qualquer tema alheio ao cenário do poder: Passou pelas vacinas, chegou até - pasmem" - à saúde do Papa Francisco e desembarca recentemente em Hollyood. 

     Mas voltando à sétima arte, que é o que realmente importa no texto - e no contexto - a conquista da semana culminou em um processo que se iniciou há algum tempo, tendo seu ápice talvez na década de 90, com três indicações: "O quatrilho", 1996, "O que é isso companheiro?" em 1998 e "Central do Brasil", em 1999.

    Sempre achei incoerente um país ter tanta tradição na produção de excelentes telenovelas e não ter um desempenho à altura no ambiente cinematográfico, ainda que eu seja um grande entusiasta das produções nacionais exatamente porque nelas estão a nossa cultura, nossa realidade, enfim, o nosso jeito genuíno de fazer dramaturgia. Sempre achei estranho que,  a depender do interesse do nosso público em relação à sétima arte, o brasileiro soubesse mais sobre A Guerra da Secessão ou do Vietnã, mas ignorasse Guerra de Canudos, Farroupilha ou até mesmo contestasse a existência de um período chamado "Ditadura militar".

   O cinema não é apenas entretenimento, mas também ferramenta de aquisição de conhecimento e cultura. E tal qual, a evolução da sétima arte em qualquer nação que almeje prosperidade socioeconômica e também cultural, é de suma importância. 

     Há aqueles sujeitos toscos que argumentam que o que importa é saúde, educação e comida na mesa, e que o resto talvez seja supérfluo. Porém, estes ignoram - ou fingem ignorar - que para que direitos básicos sejam alcançados, é preciso que determinado povo seja culto e tenha livre acesso à cultura, informação e conhecimento, sendo o cinema uma destas ferramentas de ruptura à alienação e ignorância. Afinal, "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte!"

     Parabéns ao cinema brasileiro e que venham novas conquistas. Bons atores, produtores e criatividade, nós temos. O que falta provavelmente é incentivo e principalmente, investimento. Que a distância entre Gramado e Hollyood seja cada vez mais curta. A vitória de "Ainda estou aqui" na categoria melhor filme estrangeiro, foi tão linda quanto histórica e inesquecível: "Coisa de cinema!"

* O Eldoradense

        

3 de mar. de 2025

Comentário: "A Ucrânia do futuro e a Alemanha do pós Segunda guerra"

    


Quando acabou a segunda Guerra Mundial, o Mundo se viu dividido em dois grandes blocos geopolíticos: O primeiro, formado por países com economia liberal, liderado pelos Estados Unidos, e o segundo, por países de economia planificada, socialista, liderado pela antiga União Soviética.

      Não é preciso dizer que o socialismo não vingou, que o tal comunismo ruiu, e por consequência, a União Soviética nem existe mais. A chamada "Guerra Fria" perdeu força, o mundo se tornou globalizado economicamente, e, aquele que era o maior símbolo físico daquele período, desmoronou no longínquo ano de 1989: O muro de Berlin, que dividia a Alemanha em duas partes - A primeira, Ocidental e próspera, aliada aos americanos, e a segunda, Oriental e bem menos desenvolvida, aliada dos soviéticos.

      Hoje, a Ucrânia tenta se alinhar ao mundo Ocidental, querendo ingressar na Zona do Euro e flertando com a Otan, o que gerou a ira de Putin, o autocrata russo que, há quase meia década, declarou guerra ao país vizinho, antigo aliado e ex-República Soviética. 

           A Ucrânia é um país maior que o Estado de Minas Gerais, o segundo maior em extensão territorial da Europa, e tal qual o Estado Brasileiro Inconfidente, possui riquezas minerais abundantes, dignas da cobiça das grandes potências mundiais.

     É fato que hoje, as relações entre Washington e Moscou são bem mais amistosas que no século passado: Trump e Putin parecem ter relações bem estreitas, e isso ficou evidente na sua conversa constrangedora entre o presidente norte americano e o ucraniano, no salão oval da Casa Branca.

      Trump disse que Zelensky deveria ceder para "alcançar a paz", e ceder, neste caso, seria abrir mão de uma das fatias mais prósperas do solo ucraniano para os russos. Disse que poderia continuar ajudando os ucranianos, porém, de forma menos enfática, ao passo que, em contrapartida à suposta e tímida ajuda, sugeriu um "acordo de exploração mineral", não assinado após a discussão acalorada entre ambos.

      Enfim, ficou a impressão de que o minério ucraniano poderá ser dividido entre russos e americanos, tal o território alemão do pós Segunda Guerra. Desta vez, não haveria muro, a barreira não seria física, mas virtual, fruto de uma "amizade providencial" entre Trump e Putin. A Europa Ocidental promete ajuda enfática à Ucrânia, mas, sem o apoio norte-americano, Zelensky está quase órfão em sua jornada bélica contra Putin.

      A Ucrânia do futuro, caso não haja mudança nos rumos da atual guerra, poderá se assemelhar, de alguma forma, com a Alemanha da segunda metade do século passado: Parte dominada economicamente pelos norte americanos, e outra, dominada por russos. Não há necessidade de muro, pois Trump respeita o amigo. O muro, obviamente, é melhor que seja  construído na fronteira com o México, pois é bem mais fácil e conveniente rugir contra mexicanos do que contra os russos...


* O Eldoradense

18 de fev. de 2025

Comentário: "A inflação impede reeleições"

    

 O atual governo federal inicia o seu terceiro ano de mandato de forma nebulosa, no que diz respeito às perspectivas de reeleição, para o ano que vem: Os Institutos de Pesquisa, que raramente falham, diga-se de passagem, indicaram uma queda brusca de popularidade de "Lula 3", algo na casa dos 20%, e o que é pior: O decréscimo ocorreu em seu nicho eleitoral, situado geograficamente em sua maior parte no Nordeste e em relação pirâmide social, basicamente entre os mais pobres. 

   É um duro golpe para o partido governista, não há como tapar o sol com a peneira. As possibilidades de reversão do quadro são improváveis, levando-se em consideração o pouco tempo hábil para as próximas eleições presidenciais. O baque é nítido, perceptível no semblante do presidente, na comunicação desconexa dos integrantes do Partido dos Trabalhadores, bem como na euforia dos opositores, que enxergam claramente a possibilidade de retorno ao poder.

     Para Lula, o fenômeno é raro: Eleito três vezes à presidência, sendo uma delas com a maior votação da história, amargar o dissabor da impopularidade só aconteceu no fim do primeiro mandato, no auge do mensalão, e mesmo assim, os indicadores não eram tão ruins quanto agora.

     Isso mostra que, em suma, nem a corrupção pesa tanto no crivo eleitoral quando a inflação. Ainda que outros indicadores econômicos estejam em um patamar positivo - crescimento razoável do PIB e baixo desemprego - as gôndolas dos supermercados é que, de fato e historicamente, norteiam opiniões. Para piorar a questão, a declaração polêmica e recente do presidente, sugerindo que o consumidor "não compre" para forçar uma improvável queda de preços, também parece ter exercido efeito direto na queda de popularidade, o que não é para menos, obviamente.

     Enquanto eleitor, creio que é iminente a derrota governista, pois, embora internamente a base da situação reconheça o fenômeno, a mesma parece delegar culpas a terceiros e não faz a tão necessária autocrítica. Este comportamento de desconexão da realidade já custou em um passado recente a reeleição do governo anterior, e poderá sim, se repetir com o atual governo em 2026. 

      Se Lula chegar às eleições tão impopular quanto agora, resta saber qual será o comportamento oposicionista visando o Planalto: Candidatura única, caracterizando uma grande coalizão de direita, ou uma possível pulverização de nomes? 

   Neste caso específico, creio que, assim como nos supermercados, vale a lei da oferta e da procura: Poucas opções geralmente custam caro, sendo que quanto mais alternativas e concorrência, melhor para o consumidor, digo, eleitor!


* O Eldoradense

6 de fev. de 2025

5 de fev. de 2025

Comentário: "Primeiros movimentos de Trump"



   Não há como ficar alheio aos primeiros movimentos do segundo mandato do presidente da nação mais poderosa do planeta: Promessa do maior programa de deportações de imigrantes da história estadunidense, protecionismo econômico, suposta anexação territorial da Groenlândia, retomada do controle sobre o Canal do Panamá, ocupação da Faixa de Gaza e expulsão dos palestinos....

    Enfim, a agenda é vasta e controversa. Do campo de vista das deportações, elas são legítimas, mas ao meu ver, desumanas, e eu explico o porquê: Antes que alguém cite o número de deportações exercido na era Biden, é preciso dizer que o presidente anterior previa o direito de defesa e busca por legalização junto à justiça de imigração. Sob Trump elas acontecerão de forma imediata, sem qualquer direito de defesa e respeito ao princípio do contraditório.

    Há de se levar em conta também as possíveis consequências na falta de mão de obra imigrante para a economia americana. Trabalhos de menor complexidade, como por exemplo, os serviços braçais e de menor remunerabilidade são rejeitados pelos estadunidenses e absorvidos por esta massa populacional imigrante. Na ausência destes, quem irá exercê-los? Das duas uma: Ou Trump pretende fazer uma pressão inicial para justificar um compromisso xenófobo de campanha, ou, de fato, ele está alheio a estas consequências previstas por economistas e analistas sobre tema.

  Tais deportações também causam, no mínimo, um "desconforto diplomático" em relação a vários países, muitos deles situados na América Latina, região que sempre sofreu muita influência econômica dos Estados Unidos. Junte este ingrediente às possíveis tarifações sobre produtos oriundos destes países mais o desejo de Trump retomar o controle do canal do Panamá e temos a receita perfeita para que a China ganhe de vez a simpatia latino-americana, aumentando mais sua penetração neste mercado emergente.

     As transações econômicas entre as nações latino americanas e os chineses aumentaram consideravelmente nas últimas décadas, sendo o Oceano Pacífico o principal elo entre eles. Como se não bastasse, há a nítida pretensão da construção da chamada "ferrovia transoceânica", ligando o Atlântico ao Pacífico, numa parceria entre Brasil, Peru e China, criando uma alternativa de rota econômica da América do Sul com a Ásia, que hoje é feita, em grande parte, pelo Canal do Panamá, que Trump quer retomar, diga-se de passagem. Como pretende fazer isso? Espero que seja através de negociações, e não por intervenções bélicas.

   Até mesmo com os vizinhos da América do Norte Trump conseguiu despertar polêmicas: As taxações sobre produtos mexicanos e canadenses vão na contramão do bloco econômico chamado atualmente de USMCA, (antigo NAFTA).

    Sobre o suposto plano anexação do território da Groenlândia, cujo objetivo é obviamente as possíveis riquezas minerais daquele lugar, o mesmo já causou polêmica nas relações com os dinamarqueses, que já alertaram, num passado recente: "A Groenlândia não está à venda" 

     Há ainda a intromissão sobre aquele que talvez seja o mais duradouro conflito étnico da história mundial: O árabe-israelense. Trump disse que fará uma "limpeza" naquele lugar, utilizando-se de uma metáfora infeliz e xenófoba, como palestinos fossem "sujeira". Mais recentemente, deu a entender que a intervenção será contundente e bélica, e que os "Palestinos que busquem outros países". Tal postura foi contestada até mesmo pelo bloco do Euro, aliado histórico dos Estados Unidos.

     Não sei qual será o desenrolar de tudo isso, mas é fato, que, no campo de vista econômico, o mundo está globalizado e tenho dúvidas que protecionismos nacionalistas gerem mais resultados positivos que a integração mundial das transações. Se as taxações passarem a se tornar recíprocas, ainda que os Estados Unidos sejam a nação mais poderosa do mundo, isso, de fato, os beneficiarão? 

    Ultranacionalismos, são, ao meu ver, algo demodê, ultrapassado e contraditório num mundo cada vez mais global. Tão ultrapassado quanto aquele gesto de Elon Musk fez na posse de Trump, saudação esta que ele insiste em dizer que era em alusão ao "Império Romano"...


* O Eldoradense


 


4 de fev. de 2025

Vídeos curiosos: "Sobrevoando o Jardim Eldorado de dentro de casa"

   Uma das grandes vantagens do drone DJI Neo é o fato de ele ser compacto e ágil, vencendo os pequenos espaços e obstáculos, facilitando a pilotagem. Neste vídeo, sobrevoei o Jardim Eldorado sem me dar o trabalho de sair de casa. Confira!



* O Eldoradense

Apresentando os voos em modo FPV...

      Os voos em FPV são uma modalidade diferente no mundo dos drones. A sigla quer dizer "First person view" , que significa, em ...