25 de ago. de 2025

Comentário: "Presidente Epitácio rumo à prosperidade? Tomara que sim!

    


 No meio da última semana, li, com muita empolgação, que Presidente Epitácio irá receber um mega investimento no setor de hotelaria. Trata-se da construção de um grande resort, com estrutura sofisticada, à altura do real potencial turístico da cidade, que, ao meu ver, deveria ser melhor explorado.

   Digo isso porque a beleza cênica do município é impressionante, e muito disso se deve à hidrografia do lugar, que tem no Rio Paraná seu protagonista, mas conta também com seus afluentes propícios para a pesca, como os Rios Santo Anastácio, a foz do Caiuazinho e o Rio do peixe, por exemplo. E é nestes dois pilares que eu penso que Presidente Epitácio deveria explorar melhor seu potencial turístico: No lazer aprazível e tranquilo que a Estância turística pode oferecer, bem como, na pesca, que possui  cada vez mais adeptos e pode ser um grande chamariz de turistas, a exemplo do que acontece em terras pantaneiras dos estados do Mato Grosso do sul e Mato Grosso, por exemplo.

     O capital privado já tem percebido isso, haja vista o anúncio do investimento citado acima, bem como a recente aquisição do antigo complexo das Thermas por outro investidor, com o objetivo inicial de reativação da área de lazer, mas com previsão de leilão futuro para aquisição do hotel.       

      Presidente Epitácio tem tudo para não ser apenas mais uma Estância turística, e penso que certamente dá para ir mais além: O município pode se tornar uma "marca", uma referência de peso maior no turismo do interior paulista. E é aí que entra o Poder Público: Na necessidade de ser mais incisivo na busca de parcerias e convênios com os Governos Federal e Estadual, almejando a modernização e o embelezamento do perímetro urbano, visando a construção de novas praças e incremento das já existentes, bem como dos Parques (Orla e Figueiral).

      Há também a necessidade de potencializar o calendário de eventos para além da alta temporada, buscando atrair os turistas também para períodos de outono e inverno, como se faz em cidades litorâneas: Eventos culturais, festivais de música, teatro, literatura, eventos esportivos, bem como eventos gastronômicos, tendo como carro chefe a culinária ribeirinha. 

       É fato que o slogan "O por do sol mais bonito do Brasil" adquiriu um peso midiático considerável, e eu torno a dizer que a música "Cais do Porto" também poderia incrementar o combo de divulgação da cidade para o turismo.

       A cidade tem potencial para explorar mais as oportunidades que o Rio Paraná pode oferecer: desde os banhos de água doce, passando pela pesca, pela culinária ribeirinha, pelos esportes náuticos, pela contemplação cênica, pelos passeios de barco.

         Referente a isso, no último mês, uma embarcação vinda de Buritama realizou um passeio fluvial em três finais de semana na cidade. Prenúncio de mais um atrativo futuro? Por que não?

       Presidente Epitácio já tem o por do sol mais bonito do Brasil. Todavia, é fato que a cidade pode e merece brilhar ainda mais do que já brilha no setor turístico. Tomara que o sol da prosperidade, sob as bênçãos de Nossa Senhora dos Navegantes, se torne tão radiante quanto as belezas naturais da Joia Ribeirinha!


* O Eldoradense

19 de ago. de 2025

Comentário: "Ratos?"

     



  E começam os movimentos entre os políticos da direita para preencher a lacuna que certamente será deixada por Jair Bolsonaro, seja por simples inelegibilidade ou por pena privativa de liberdade. Acho difícil, ou melhor, praticamente impossível qualquer tarifaço ou Magnitsky reverter tal tendência. 

    O problema é que estes movimentos irritam o clã Bolsonaro, que vê no ex-presidente a única candidatura viável na direita capaz de vencer Lula. Ou, na pior das hipóteses, reconhecer a viabilidade eleitoral de outros nomes da direita signifique a ratificação prévia da inelegibilidade de Jair, ou até mesmo, de  sua prisão. Seria como jogar a toalha verde-amarela no chão.

     Carlos Bolsonaro classificou tais movimentos parecidos com o de "ratos" oportunistas em uma publicação compartilhada pelo irmão, Eduardo. Eles querem Jair concorrendo em 2026 e ponto, simples assim. Para tal objetivo, insistem na tese de uma defesa mais contundente em favor do pai por parte de políticos que se beneficiaram na onda Bolsonarista.

        O repúdio do clã ao comportamento é parcialmente compreensível e, em primeiro momento, talvez possa soar como infidelidade ou ingratidão. Porém, na atual conjuntura, manter uma fidelidade canina, incondicional ao mito, já soa como teimosia vã, haja vista que, em 2026, Jair Bolsonaro não terá seu rosto estampando nas urnas eletrônicas que ele tanto refuta. Falta um ano para as eleições, a popularidade do atual governo federal não decola, e a partir daí, cria-se um cenário favorável para que outros políticos oposicionistas ambicionem o Planalto.

       O primeiro deles, Zema, já lançou oficialmente sua pré candidatura presidencial. O governador de Minas está em seu segundo mandato e não tem motivo algum para resignar-se. Tarcísio (SP), nesta segunda-feira, teve um almoço com banqueiros, e segundo fontes jornalísticas, foi tratado com candidato, ainda que o mesmo alegue que sua prioridade seja uma reeleição praticamente certa no estado bandeirante. No mesmo ensaio de passos presidenciáveis seguem Caiado (GO), Ratinho Jr (PR) e Eduardo Leite (RS).

          Mesmo que tais movimentações sugiram uma divisão no espectro destro da política brasileira, penso que no frigir dos ovos o cenário irá convergir para uma candidatura de coalizão, inclusive com o apoio do clã Bolsonaro, ávido por uma futura anistia em caso de condenação paterna e vitória presidencial aliada. Zema e Tarcísio já disseram que assim procederiam com a faixa presidencial no peito.

      Não creio que começar as movimentações levando em consideração a inelegibilidade de Bolsonaro soe indigno, nesta altura do campeonato. A realidade começa a se desenhar, e movimentar-se já é uma necessidade, uma adequação. Há os que estão mais reticentes, não por fidelidade à Bolsonaro, mas certamente para não "queimarem a largada" e começarem a ser atacados precocemente. São estratégias, mas todas elas cientes de que precisam dos eleitores do ex-presidente. Muitos não o abandonam, de fato, mas também não o abraçam efetivamente. É a corda bamba, o meio termo, o jogo de cintura que a política exige.

      No fim das contas, para os presidenciáveis de direita, será conveniente prometer futura anistia para o mito, inclusive para manter o capital eleitoral do Bolsonarismo. E para o clã Bolsonaro, diante do provável cenário que se avizinha, será necessário, ainda que a contragosto, apoiar um destes nomes. 

   Portanto, mover-se, apresentar-se, não torna tais presidenciáveis "ratos", mas sim, pragmáticos, objetivos, racionais. Além do mais, quem acabou fugindo para a terra do Mickey Mouse, não foram os governadores presidenciáveis, se é que me entendem...

* O Eldoradense

18 de ago. de 2025

DJI Avata 2 no Cemitério de carros...

   "Na necrópole automobilística, motores ecoam de uma forma sobrenatural, como se quisessem dar uma arrancada para além de um purgatório onde imperam a ferrugem e o abandono. Que São Cristóvão interceda por estes tristes corpos de lata deteriorada e almas autormentadas. DJI Avata 2 sobrevoando o cemitério de carros..."


* O Eldoradense

16 de ago. de 2025

Resenha literária: "Rubem Braga, duzentas crônicas escolhidas"

   E recentemente eu terminei de ler o livro "Duzentas crônicas de Rubem Braga". E se em leitura concluída, tem resenha literária... Confira!

* O Eldoradense

4 de ago. de 2025

Registros em vídeo da viagem Curitiba/Morretes.

    Depois de nove anos, regressei a Morretes, mas desta vez, fiquei hospedado em Curitiba para "descer a serra" no trem turístico que liga a capital paranaense à região litorânea do estado. Eis os registros cinematográficos deste passeio ferroviário tradicional do turismo nacional. O primeiro concentra imagens aéreas da cidade de Morretes, e o segundo, imagens da viagem de trem. Confiram!




* O Eldoradense

28 de jul. de 2025

Crônica: "A febre do Morango do amor"

  



  Eis que um assunto recente e banal tornou-se tão ou mais propagado  que as tarifas do Trump ou a tornozeleira do Bolsonaro: Refiro-me ao tal "Morango do amor" iguaria que atualmente é febre nas confeitarias e cozinhas afora. Tenho lá minhas razões para não acreditar que o tal doce veio para ficar, sendo mais um meme destes efêmeros, voláteis, que somem na mesma velocidade que surgem. Taí! A novidade frutífero adocidada deveria chamar-se "Morango da paixão",  já que terá a durabilidade de um amor de verão ou de uma paixonite voraz,  repentina.

      Certamente a tal onda tem muito a ver com a cor vermelha e intensa da fruta, potencializada pelo brilho sedutor da calda adocicada. E aí, os olhos curiosos emitem estímulos para o cérebro, que, por sua vez, se comunica com as papilas gustativas salivantes, tornando um pequeno doce algo viral, febril, desejável.

           Minha percepção prévia de que o "Morango do amor" será algo passageiro baseia-se em  duas experiências pessoais do passado: A primeira aconteceu na infância, quando vi em alguma propaganda televisiva, alguém saboreando um morango. Fiquei com muita vontade de experimentar a fruta, que, na década de 80, era rara de se encontrar. E sabe como é: Criança com vontade de comer algo pode ficar febril, portanto, não é bom arriscar. Dei um trabalho danado para o meu pai, que, não sei onde, nem como, acabou encontrando um morango. Na primeira mordida, a decepção com o azedume da fruta. Porém, envergonhado pelo transtorno, fingi que o tal morango estava delicioso. 

      A segunda experiência que me faz sugerir que o "Morango do amor" é algo passageiro, não é pautada no paladar, nas sim, na audição. Nos anos 2000, uma música chamada "Morango do Nordeste" tornou-se hit nas rádios brasileiras, sendo interpretada por quase todo mundo, nos mais variados gêneros. Tinha "Morango do Nordeste" em pagode, sertanejo, forró. Não me surpreenderia se fosse cantada também pelo Pavarotti ou pelo Sepultura. Enfim, coisa de impregnar os tímpanos. Lembro-me de uma viagem que fiz com meu irmão para Aparecida: Tocou "Morango do nordeste" no ônibus, no hotel, no restaurante, no comércio ambulante da cidade. Pensei comigo: Só falta tocarem isso na Basílica, durante a missa! Felizmente, a tal heresia imaginária não aconteceu. "Morango do Nordeste" marcou uma época, mas não tornou-se atemporal, está anos luz de ser comparada a qualquer clássico dos Beatles, do Roberto ou do Raul. 

      Desacredito que o tal "Morango do amor" veio para ficar, como tantos outros doces famosos na culinária brasileira. Não terá a longevidade das cocadas, dos doces de leite ou abóbora, quiçá das  paçocas. Arrisco dizer que não vai superar nem mesmo sua precursora, a "Maçã do amor", esta sim, robusta, capaz de saciar tanto a fome quanto a curiosidade. Não veremos Morangos do amor nem na Feira de Mangaio, muito menos, no tabuleiro da baiana.  

        Aliás, seja sincero: Você consegue imaginar a Eva oferecendo um morango para Adão, numa versão repaginada de Gênesis? A fruta é tão pequena que, se assim fosse, Deus nem consideraria pecado, nem expulsaria o casal do Jardim do Éden, e portanto, não existiria a humanidade para transformar o mimo em meme. Seria um gesto efêmero, repentino, similar ao "Vai ser bom, não foi?",  se é que me entendem... 


* O Eldoradense

27 de jul. de 2025

Dois voos FPV em Presidente Epitácio...

    E ontem foi dia de curtir o sábado em Presidente Epitácio: Dois voos em FPV, sendo um no Figueiral e outro na Orla, com direito à caminhada para finalizar. Voa comigo!

* O Eldoradense

26 de jul. de 2025

Comentário: "Economia chinesa - PIB e IDH"

    



   Anteontem fiz um texto com o objetivo de desmistificar a falácia de uma possível instalação do comunismo no Brasil. Publiquei o escrito no site "Recanto das letras", neste blog, bem como na minha página da rede social. A repercussão foi bastante positiva, tendo unanimidade em relação ao Brasil capitalista e divergências quanto ao regime econômico da China.

         Nas redes sociais, a divergência envolveu o fato de que o Estado chinês ainda intervém efetivamente na economia, e que por isso, o país não poderia ser classificado plenamente como "capitalista". De fato, há diferentes interpretações entre os economistas sobre o assunto, que vão desde o "socialismo de mercado" ao capitalismo propriamente dito. Sob a ótica econômica, ninguém classificou o país como "comunista". Há os que defendem que a economia chinesa adotou um modelo híbrido, inovador, diferente de tudo o que já se viu hoje.

      Houve uma discordância no whatsapp, onde foram citadas as censuras e a liberdade limitada dos chineses, e que, por isso, o país seria sim, comunista. Reitero: A análise, como dito em um parágrafo do texto, levou em consideração o prisma econômico, não o político. E aí, a discussão envolve ditadura x democracia, e em nenhum momento foi citado que há democracia na China. Portanto, é uma ditadura capitalista.

        Lembremos que nós também vivenciamos em um passado não muito distante uma ditadura, e ainda assim, vigorou o capitalismo no Brasil bipartidarista, censor, torturador e sem eleições diretas para presidente. Portanto, uma coisa é o regime político, outra, o sistema econômico.

           Dito isso, e acrescentadas as informações nos mais diversos comentários, eu reitero que a China, ao meu ver, é um país capitalista tanto quanto o Brasil, e abaixo, listo os motivos pelos quais assim considero:

       1) Apesar da intervenção estatal, a economia chinesa encontra-se amplamente aberta, com importações e exportações para praticamente todo o mundo;

    2) Considero o capitalismo chinês tão selvagem quanto o do Brasil levando em conta principalmente fatores como a exploração da mão de obra assalariada e os desafios que o país enfrenta em relação à questão ambiental;

  3) A outra semelhança com o capitalismo brasileiro está na discrepância entre as posições chinesas nos rankings do PIB e do IDH, dois importantes indicadores da riqueza e prosperidade de um país. No primeiro ranking, o país encontra-se na segunda posição, enquanto que no outro ranking aparece em septuagésimo oitavo lugar, revelando que em relação à qualidade de vida dos chineses, ainda há muito o que melhorar. Justiça seja feita, esta é uma característica bem típica dos países emergentes, cujo bolo cresce, mas fatiado em tamanho bastante desiguais.

      As projeções, portanto, indicam que em um futuro próximo, com relação ao PIB, os chineses têm grandes chances de alcançarem os norte-americanos, líderes de longa data, até então. Porém, em relação ao IDH, a China está atrás de nações sul-americanas como Chile, Argentina e Uruguai, por exemplo. 

        Talvez as melhoras no IDH pudessem acontecer mediante um processo de abertura política e implementação do regime democrático, o que, sinceramente, duvido que aconteça a curto e médio prazos.

     Finalizando, agradeço as participações no último texto, cujos comentários vieram a acrescentar e fomentar o debate pautado em informações, ocorrendo de forma sadia e respeitosa. Democracia é isso!


* O Eldoradense


24 de jul. de 2025

Comentário: "Estamos em um país comunista?"

   


       Em tempos de polarização política, não é raro o indivíduo ouvir que estamos em um país comunista, ou que, numa hipótese mais branda, estamos caminhando para tal. Ouve-se o termo à torto e à direito nas redes sociais, nas rodas de amigos, nos templos religiosos, nas mesas de lanchonetes, na rua, na chuva, na fazenda, ou até mesmo, numa casinha de sapé. 

     Tenho duas teorias: Algumas pessoas propagam a máxima sem conhecimento de causa, e outras, até conhecem vagamente o conceito, mas propagam propositalmente a mentira para que os desinformados temam fervorosamente um monstro desconhecido que nunca colocou e nem colocará os pés em solo brasileiro.

    Cientificamente falando, e de forma bem resumida em relação ao tema,  recorrendo ao filósofo e economista alemão Kal Marx, o comunismo é um estágio avançado do socialismo, onde os trabalhadores se apoderariam dos meios e modos de produção, igualando as classes sociais, ocorrendo a ausência da propriedade privada, e principalmente, do Estado. Lembremos que Marx elaborou esta corrente de modelo socioeconômico em um contexto pós Revolução Industrial, onde operários famintos vendiam sua força de trabalho em jornadas desumanas que chegavam a dezesseis horas de trabalho em ambientes insalubres, incluindo, nesta jornada marcada por altíssima exploração, mulheres e crianças. Não é preciso dizer que na atual conjuntura, o comunismo é Utópico, inviável e ineficaz.

     O tempo, de fato, provou que o comunismo não funcionou, e talvez os principais marcos de sua ineficácia e derrocada sejam a extinção da União Soviética e a queda do muro de Berlim, na Alemanha do próprio Marx.

       Historicamente falando, nunca chegamos nem perto do comunismo: Desde que este país foi colonizado e dividido em capitanias hereditárias até as ameaças tarifárias de Trump, fomos - e somos - um país capitalista selvagem, desigual, disforme, da periferia do capitalismo mundial, mas sob o ponto de vista técnico das ciências humanas e socioeconômicas, capitalista.

        Importamos, exportamos, a propriedade privada sempre existiu, elegemos nossos políticos através do voto direto e temos um Estado constituído. Se alguém alegar que "somos comunistas" devido à alta carga tributária, está errado, porque este não é o parâmetro para a denominação. Há países capitalistas de primeiro mundo com altíssimas cargas tributárias que proporcionam qualidade de vida invejável aos seus cidadãos: A Suécia e os países nórdicos da Europa, são exemplos. Infelizmente, é bem verdade não é o nosso caso: Pagamos impostos altíssimos e temos parcos retornos, mas aí, é outra história.

      Se alegarem que somos comunistas porque políticos de esquerda venceram boa parte das últimas eleições no país, está aí um outro equívoco: O conceito "esquerda" nasceu na França - um país marcado pelo perfil capitalista - pós Revolução, mais precisamente, no legislativo daquela nação , oriundo do grupo chamado de "Jacobinos". Além disso, se somarmos na nossa história todos os presidentes do Brasil, desde a República Velha, passando pelo Estado Novo, ditadura militar e tempos atuais, veremos que a maioria absoluta é composta por políticos de direita, similares aos "Girondinos" da França pós queda da Bastilha.

     É fato que hoje, nem a China, regida pelo Partido Comunista, do ponto de vista econômico, é comunista. O capitalismo chinês é tão selvagem quanto o nosso, porém, pautado na exportação de tecnologia e importação de commodities, num perfil comercial e produtivo inverso ao brasileiro, fruto de pesados investimentos no setor educacional. 

    Fomos capitalistas, somos capitalistas e seremos capitalistas. Penso que a grande questão é evoluir dentro desta realidade, promovendo inclusão no processo produtivo, no aumento da massa consumidora, diminuindo desigualdades e trazendo mais dignidade para uma parcela maior da produção. É lógico que para muitos capitalistas selvagens e exclusivistas, isso não é interessante. Para estes, é importante propagar a iminência do monstro comunista para manter-se no seletíssimo grupo das minorias privilegiadas, explorando ao máximo mão de obra assalariada precariamente remunerada. 

      Para a reversão efetiva desta atual e perversa realidade, seriam necessários pesados investimentos em educação, ciência e tecnologia, além, é claro, da diminuição ou extinção da maléfica corrupção, este sim, um monstro ambidestro no espectro político que nos consome desde o Brasil colônia. 

     Enfim, o ineficaz comunismo aqui passou longe, e o nosso capitalismo é capenga, primário, altamente desigual. Para os que lucram excessivamente com o atual contexto, é interessante propagar o medo do bicho papão e manter a população desinformada, confundida e alienada. E é na falta de instrução e consciência de classe dos oprimidos que os opressores deste país apostam, e há de se reconhecer que estão tendo êxito há mais de quinhentos anos...


* O Eldoradense   

         

23 de jul. de 2025

Vídeos curiosos: DJI Avata 2 no Parque do Povo, em Presidente Prudente...

   E ontem foi dia de realizar um voo em FPV com o DJI Avata 2, no Parque do Povo, em Presidente Prudente. Fim de tarde e imagens de tirar o fôlego na maior cidade de nossa região. Confira!



* O Eldoradense

20 de jul. de 2025

Poesias do Eldoradense: "Memórias de um tornozelo"

 



Memórias de um tornozelo


Sei que achas estranho,

 Tornozelo ter memória;

Porém, não me acanho...

Contarei minha história!

 

Sou tornozelo direito,

Bastante conservador;

Com aperto, me ajeito...

Em meio a tanta dor...

 

Sinto-me apertado,

Numa espécie de coleira,

Ô troço sofisticado,

Esta tal tornozeleira!

 

Por onde ando,

Estou sendo monitorado;

Com ela me sufocando...

O que fiz de errado?

 

Dizem que meu mito,

Almejou golpe de Estado;

Sofro, aflito,

Estou injuriado!


Ele age por impulsos,

Desafia forças supremas;

 Avisei aos pulsos...

Virão as algemas!


Já tem prisão de ventre,

Fala pelos cotovelos;

É justo que eu entre...

Na prisão dos tornozelos?


Não admito,

Que algo me tampe;

Desesperado, grito...

Salve-me, tio Trump!


* O Eldoradense






























 

18 de jul. de 2025

Crônica: "Os políticos deveriam saber jogar xadrez"

  



   Antes de argumentar o porquê do título, o primeiro parágrafo do texto deve, primeiro, explicar as origens do jogo de xadrez, cujas versões variam muito quanto à data e a localização. Porém, a mais difundida data do século VI, em que o jogo de tabuleiro deriva de um outro, chamado "Chaturanga", oriundo da Índia. A partir deste, houve adaptações ocorridas desde o Oriente Médio até a Europa, culminando nos moldes e jogabilidade atuais.

    Dito isso, o que parece absurdo e  irônico - e de fato, é - saber jogar xadrez bem que poderia ser implementado como pré requisito para os indivíduos que ambicionam se tornar uma liderança política, principalmente no executivo, nas mais diferentes esferas. O xadrez requer concentração, planejamento, organização, visão aguçada e antecipada em relação aos movimentos, e principalmente, racionalidade.

     O que vemos hoje na verdade em muitos líderes políticos atuais é exatamente o contrário: Falta de planejamento e organização, apego à imprevisibilidade e improviso, visão limitada, restrita ao curto prazo, e uma passionalidade visceral, cheia de blefes e truculência. "Truculência", é isso! O perfil  de boa parte dos políticos atuais está mais atrelado ao jogo de truco do que ao racional e sofisticado xadrez: Grita-se, blefa-se, intimida-se, marcam-se as cartas de forma desonesta, e na hora que o jogo atinge temperaturas de clima equatorial, adversários chamam uns aos outros de "ladrão". Tudo vira uma casa da sogra, da mãe Joana, e aí, peço perdão para todas as sogras e todas as Joanas. Para as sogras chamadas Joana, o pedido de perdão é redobrado. 

        No jogo de xadrez, encurrala-se o adversário de forma meticulosa, elegante, silenciosa, coordenada, planejada, cerebral, antevendo os próprios ataques e possíveis contra-ataques. Não há muito espaço para blefes, muito menos, truques.  Se o enxadrista o faz com desespero, descoordenação, improviso e irracionalidade, acontece algo surpreendente: De repente as coisas mudam de lugar, e quem perdeu, pode ganhar, como diria o Paulo Ricardo, que não sei se joga xadrez, nem truco, mas canta pra caramba...

* O Eldoradense    

       

14 de jul. de 2025

Crônica: "A final da Copa Mundial de clubes e um pouco de história"

     


 Ontem, em Nova Jersey, foi realizada a primeira final de Copa do Mundo de clubes. No embate de noventa minutos, dois times de países que protagonizaram a Guerra dos cem anos, que na verdade, durou cento e dezesseis: O francês PSG e o inglês Chelsea. Dois países separados pelo canal da mancha, que possuem uma rivalidade histórica, talvez amainada pelo tempo e pelo túnel submarino chamado Eurotunel, que liga o sul da Inglaterra ao norte da França.

     Os povo inglês tem no seu inconsciente coletivo a ideia de que o francês é arrogante. Não sei se faz sentido, mas muita gente disse que o PSG entrou para a final de "salto alto" e foi surpreendido pelos ingleses, tal qual Napoleão, na Batalha de Waterloo. Perdeu de três, e só não perdeu de quatro, tal qual Napoleão dizem ter perdido a guerra, porque um atacante do time inglês quis driblar o goleiro com bola e tudo e não teve sucesso.

    A expressão "na posição que Napoleão perdeu a guerra" só existe na língua portuguesa, e não há nada comprovado que o imperador francês perdeu a guerra engatinhando. Dizem que os portugueses criaram a expressão porque nutriam uma antipatia histórica pelo "Napô", por conta do Bloqueio continental imposto pela França na Europa, um tipo de sanção econômica francesa em todo o continente para ferrar com os ingleses, principalmente. O problema é que Portugal mantinha muitos negócios com os ingleses, e acabaram perdendo grana com o bloqueio. Como se não bastasse, Napoleão invadiu o país lusitano, fazendo com que toda a família real viesse corrida para a nossa pátria amada Brasil, então, colônia, na época.

  Nós, brasileiros, convenhamos, futebolisticamente falando, nutrimos nossa antipatia histórica pelo futebol francês: Desde que eu me entendo por gente, os caras nos derrotaram em três Copas do Mundo. Em 1986, Zico perdeu pênalti no tempo normal, o jogo terminou empatado e foi decidido nos pênaltis a favor dos caras. Em 2006, Roberto Carlos inventou de arrumar a meia durante um escanteio e o Henry nos mandou de volta pra casa. E em 1998, numa final desastrosa, Ronaldo teve uma convulsão que contagiou negativamente todo o grupo. Três a zero, fora o baile. Convulsões não são contagiosas, eu sei, mas neste caso específico, foi. E como foi!

     Porém, em relação aos dois clubes que fizeram a final ontem, o inglês Chelsea era o grande algoz histórico de times brasileiros: Já havia feito uma final com o Palmeiras, sagrando-se campeão. Neste ano, eliminou o verdão nas quartas e o Fluminense em uma das semifinais. Perdeu para o Flamengo, é bem verdade, na fase de grupos, o que não atrapalhou a classificação posterior.

     Curiosamente, o Chelsea perdeu uma única final para um clube brasileiro: Em 2012, para o Corinthians, último campeão mundial sul-americano. Talvez isso tenha ocorrido porque o Corinthians, apesar de ser brasileiro, tem o nome inspirado em um clube homônimo inglês, e isso possa ter servido de antídoto, vai saber! É surreal pensar que o clube do "bando de loucos" tenha o nome inspirado em um um time do  país dos lordes. Coisas do futebol!

      Na plateia da final, Donald Trump, que apesar de ser presidente de um país que já foi colônia inglesa, anda criando tretas econômicas com meio mundo, tal qual o francês Napoleão Bonaparte, durante o Bloqueio continental. Coisas da política e da economia!


* O Eldoradense

        

      

12 de jul. de 2025

Comentário: "A chantagem de Trump"

    


     O assunto do momento, e não poderia ser outro, é a taxação de 50% dos produtos brasileiros exportados para terras estadunidenses. O nosso segundo maior parceiro comercial, com o qual o Brasil possui duzentos anos de relações bilaterais, na figura do presidente Donald Trump, resolveu impor uma alíquota alfandegária absurda, abusiva e infundada sobre os produtos aqui produzidos e para lá vendidos.

    Segundo a carta emitida pelo governo norte americano, há duas motivações para a decisão: A primeira delas, baseada numa mentira, diz que os norte americanos operam em défict comercial com o Brasil. A segunda, absurdamente diz respeito ao trâmite judiciário executado pelo STF em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

    Sobre a primeira argumentação, nem vou tecer comentários, já que é uma inverdade. Sobre a segunda argumentação, ela é mais uma manifestação de como a extrema direita sempre quer impor suas vontades através da pressão econômica, em diferentes escalas (desde a microscópica até a macro)

    Alguém se lembra de um grupo de whatsapp criado em Presidente Venceslau durante as eleições, que na ocasião, expunha pessoas - principalmente comerciantes e profissionais liberais - que supostamente votariam em Lula, propondo que estes sofressem um boicote comercial? Percebem como o modus operandi desta gente que diz defender a liberdade é contraditório à democracia? Que se preciso for, tais pessoas recorrem às pressões econômicas - e em alguns casos, até ao vandalismo - para obterem êxitos em seus propósitos?

    O que o julgamento de um ex-presidente (que ainda não foi condenado, diga-se de passagem) tem a ver, efetivamente, com o fluxo comercial bilateral entre Brasil e Estados Unidos? É correto o presidente de uma nação condicionar as tarifas alfandegárias às decisões judiciais e soberanas de um outro país?

     Logicamente, caso se mantenha a decisão alfandegária de Trump, o Brasil é quem sairá perdendo. Empregos ligados aos setores produtivos prodominantemente exportadores e que têm boa parte dos seus lucros oriundos das negociações com os norte-americanos serão ceifados. A inflação, por sua vez, tenderá a aumentar, pois boa parte do que consumimos é atrelado à cotação do dólar. 

       Do ponto de vista econômico, penso que o governo brasileiro deverá insistir em negociar, mediante o simples fato de sermos os maiores prejudicados.  Caso não exista sucesso ou evolução nas negociações, a reciprocidade é inevitável, ainda que, em primeiro momento, as consequências sejam novamente desastrosas para a população. Haveria um hiato, uma transição, até que empresários e governo se adequem à nova realidade e passem a estabelecer novas relações comerciais com outros mercados. Será um processo inevitável e doloroso de readequação, mas necessário.

        Digo isso porque se de fato Trump esperar um alívio do STF à Bolsonaro caso o ex-presidente, seja, de fato, culpado, esquece: Bolsonaro irá pagar pelos seus erros - que depois dos últimos fatos, parecem ter se acumulado - e, confirmada sua culpa, pode esperar dois destinos: O primeiro, a cadeia, e o segundo, colar na aba do tio Sam, tornando-se tão fugitivo quanto a discípula Carla Zambelli.

   Porém, ficou explícito que existe uma família, que, de patriota, não tem nada. Para livrar a própria pele, são capazes de se aliar a outros líderes e propor um boicote à própria nação, inclusive aos seus eleitores e simpatizantes, sendo que muitos perderão empregos ou amargarão, como todos nós, mais pressão inflacionária.

          Mas esperar o que do clã Bolsonaro? Para tentar se safar, em depoimento, ex-presidente chamou seus simpatizantes fieis de "malucos"! Tudo bem, de fato, quanto a isso, Bolsonaro até tem razão, mas ele poderia ter empatia  e ser um pouquinho menos traíra com a tietagem!

       Para finalizar, exponho a fala de Paul Krugman, norte-americano, prêmio Nobel de economia, sobre o assunto: "Trump é um megalomaníaco, está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador". Mas a galera patriota do whatsapp e das redes sociais acha que Trump está fazendo isso pela democracia brasileira! Malucos, como bem disse Jair Bolsonaro...


* O Eldoradense


1 de jul. de 2025

Vídeos curiosos: Circo "Mundo mágico", em Presidente Venceslau...


   E o DJI Avata 2 sobrevoou o circo "Mundo Mágico", instalado no prolongamento da avenida D Pedro ll, em Presidente Venceslau. Voo em FPV, registrando do alto as imagens das lonas coloridas e toda a estrutura física em volta do circo. Confere aí!





 

* O Eldoradense

Vídeos curiosos: Sobrevoando as adjacências do Jardim Aquarius, em Marília...


 

      E durante o mês de junho, fiquei dois dias na cidade de Marília, onde registrei, com o Mini 3 Pro, parte do Jardim Aquarius, onde o protagonismo das cenas ficou com o belíssimo lago do bairro e o imponente Marília Shopping. Confira...

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Vídeos curiosos: Festa de Corpus Crhisti em Piquerobi...

    
   E no dia da tradicional festa de Corpus Crhisti, eu fiz alguns registros utilizando o aparelho celular e também o drone Mini 3 Pro na captação de imagens deste evento de fé do catolicismo, muito bem organizado pela comunidade Piquerobiense...



 

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Vídeos curiosos: Dois voos em Dracena...

    Mais um novo registro de imagens aéreas, desta vez, em uma cidade que nunca foi captada pelas câmeras dos drones deste blogueiro. São dois voos, um em modo tradicional, e outro, em modo FPV. O Mini 3 pro fez os registros de voo mais cinemático, e o AVATA 2 fez os registros de voos mais imersivos, com o horizonte "destravado". Confira...




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Vídeos curiosos: Voo noturno no centro de Presidente Venceslau

    O blog deu um tempo neste mês de junho, e durante este mês, foram feitos alguns registros de imagens aéreas. O primeiro deles é no centro de Presidente Venceslau, num voo noturno bem legal. Confira!


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29 de mai. de 2025

Vídeos curiosos: Take - "Em busca das capivaras"

    E na tarde de hoje, colhi algumas imagens às margens de uma represa localizada na área rural de Presidente Venceslau, onde a presença de muitas capivaras é certa. As imagens foram editadas numa mescla de takes feitos com o DJI Avata 2 e o Mini 3 Pro. Confiram!


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27 de mai. de 2025

Vídeos curiosos: Dois voos com drones diferentes na Praça do Residencial Petrona

  E ontem, na companhia do primo Ednaldo Freitas, fiz dois voos na até então desconhecida Praça do Residencial Petrona, em Presidente Venceslau. Surpresa agradável, local bonito e bem cuidado pelo Rotary Club, tendo uma pequena reserva de mata ao fundo. Os dois drones (Neo e Avata 2) captaram imagens de seriemas, realizaram voos bem parecidos, sendo que a única diferença foi que o segundo aparelho também sobrevoou parte do bairro. Confira!



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26 de mai. de 2025

Vídeos curiosos: "Aviashow", no Aeropark de Regente Feijó"

 Domingo ensolarado e propício para curtir um programa diferente em família. Fui conferir o "Aviashow", o maior evento de aviação leve do Brasil, realizado no Aeropark, em Regente Feijó. Confira nas imagens abaixo...




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20 de mai. de 2025

Comentário: "Quem fala demais..."

 



  A máxima é antiga: "Quem fala demais dá bom dia aos cavalos", é uma frase que serve de lição não só para aqueles que costumam se exceder no disse que me disse, na fofoca, mas também, nos arroubos e bravatas. Vale para que aqueles que assim agem, um alerta para que façam uma autocrítica e coloquem um freio - de preferência ABS - na língua. Há quem diga que palavra dita é igual munição de arma de fogo: uma vez lançada, não tem volta. Acho exagero, haja vista que o arrependimento e um pedido de desculpas - sincero - talvez reparem o equívoco. Já o arrependido por ter atirado, ainda que precedido por desculpas genuínas, não traz de volta o projétil ao revólver.

    Entendam a crítica abaixo voltada à parlamentar, não à pessoa. Farei isso porque conheço muito pouco a pessoa, mas a parlamentar em si, está ganhando certa notoriedade, infelizmente, mais pelas polêmicas do que pelos acertos. E, de verdade, torço para que a mesma reconsidere posturas e evolua em sua legislatura, pois o número de mulheres na política é tão diminuto que temo que os erros por ela cometidos sejam julgados de forma mais contundente pelo simples fato de estarmos numa sociedade machista. Não que não mereça o julgamento, mas é fato que bravatas políticas masculinas parecem ser mais toleradas ou até mesmo, em alguns casos, exaltadas positivamente: A polarização Lula X Bolsonaro é a prova viva disso.

    Na votação do PL que norteia o futuro da Previdência Municipal de Presidente Venceslau, uma vereadora, no intuito de defender ferrenhamente seu ponto de vista - ou talvez o executivo - disse, de forma explícita: "Diferente de alguns que ficam relinchando". Não é preciso dizer que a reação efusiva dos funcionários públicos municipais que encontravam-se na Casa Legislativa - do povo, não dos vereadores - foi emitir uma vaia não menos contundente. 

       Constrangida, a vereadora pediu desculpas e disse que a fala não foi pejorativa - Há algum outro sentido? - mas a partir daí, o que foi dito, dito estava. O tal PL não foi aprovado, cinco vereadores votaram contra, derrotando o executivo no que diz respeito ao aumento da idade mínima para a aposentadoria, mantendo a essência do que diz a Lei Orgânica Municipal.

         Com relação à questão do aumento da alíquota da contribuição  previdenciária em si, entendo que o assunto é complexo: A curto prazo, prejudica diretamente os contribuintes que já teriam seus direitos supostamente garantidos. A longo prazo, talvez seja um remédio amargo e necessário, exatamente para a saúde fiscal do fundo previdenciário e manutenção destes mesmos direitos.

         Custava a argumentação da vereadora ao defender o PL ser nesta linha? Precisava faltar com o decoro e desrespeitar aqueles que já estão se sentindo lesados com a situação que estava se desenhando? Atribuo tais ações e falas à inexperiência. Não é colocar panos quentes, mas se tornar político requer um tipo de inteligência que hoje em dia parece estar em declínio: A inteligência emocional. Não estou dizendo que a vereadora não a tenha, mas há a possibilidade de que a mesma não tenha sido aflorada por falta de experiência, e que possa haver evolução neste sentido.

       O fato é que existiu uma falta de respeito consumada e que muitos que se sentiram ofendidos, certamente anotaram o episódio numa carteirinha íntima. De verdade, por motivos ligados principalmente  à questão da representatividade do gênero feminino na política, torço para que a vereadora aprenda com a lição e execute sua legislatura com mas racionalidade e menos ímpeto. É fato que se continuar dando bom dia aos cavalos, a impopularidade e a rejeição lhe  soarão tão alto quanto o relincho simultâneo de mil equinos selvagens...

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Vídeos curiosos: DJI AVATA 2 na Praça do Maçom

     E neste último domingo, foi dia de fazer um voo treino nas adjacências da Praça do Maçom, em Presidente Venceslau, com direito a passar bem pertinho do Edifício Pedro Santiago e uma aterrissagem bacana de retorno...

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19 de mai. de 2025

Crônica: "Festa dos anos 80"

    



  Há um evento que vem acontecendo em Presidente Venceslau faz algum tempo, e com uma proposta interessante: Noites dançantes que remetem à década de 80, uma das mais prósperas, ao meu ver, musicalmente falando, tanto em nível nacional, quanto internacional. A experiência pode ser objetiva, apenas mais um baile para os frequentadores assíduos, e para os mais esporádicos, pode ter uma característica peculiar, extrassensorial, como se ondas sônicas musicais tragassem o indivíduo para um túnel do tempo numa direção retrógrada no melhor sentido da palavra: o do resgate momentâneo de uma parte da vida, cheio de sonhos e de vitalidade, com um sabor adocicado de nostalgia. 

    Particularmente, sou do tipo de frequentador raríssimo. Desde 1999, não pisava os pés no salão  do Venceslau Clube, quando na ocasião, comprei um ingresso para o baile dos atiradores do Tiro de Guerra, pois meu irmão, na época, serviu a Pátria amada, ainda que todo mundo cobre sua luz.

      Adentrei o ambiente, o túnel retrô do tempo escurecido, com sua névoa especial, ondas sônicas contagiantes orquestradas por um DJ com vários anos de estrada musical e conhecimento de causa: o radialista Mivaldo Rodrigues.

      Cheguei sem muitas expectativas, confesso. Não pelo baile em si, mas por ser um cara comedido, introspectivo. Mas, no balanço das horas, tudo pode mudar: Um drink, que pode ser uma caipirinha ou cuba libre, tendo, na vitrola, "whisky à go go". Sim, é bom beber uns tragos para ser tragado de forma mais eficiente pelo túnel do tempo!

      E toca Dire Straits, Pink Floyd, Engenheiros, Raul. Eu, que sem beber um pouco, ficaria na mesa apenas curtindo as músicas, danço com a minha namorada tendo a desenvoltura de um boneco de maracatu, movido pela caipirinha alucinógena.

       Busquei depois, uma lata de cerveja e encontrei um amigo de longa data. Dou-lhe um abraço e vejo posteriormente que está com a esposa. Casal que eu vi dando os primeiros passos no relacionamento há décadas, nas antigas brincadeiras dançantes do Venceslau Clube do centro de Presidente Venceslau. Algo bonito de se ver, mostrando que se o público não foi expressivo numericamente falando, foi familiar, sadio, respeitoso, com o intuito único e objetivo de reviver momentos inesquecíveis. 

    É, a experiência extrassensorial foi nostálgica, hipnótica, única. Fui embora com a sensação de quem tivesse sintonizado um radinho de pilha e posteriormente, dormido numa sonífera ilha, descansando os olhos, sossegado a boca e preenchido por uma luz revigorante.

   Parabéns ao DJ Mivaldo Rodrigues pela qualidade da seleção musical e pela condução da viagem no túnel sônico do tempo. Iniciemos a semana voltando à realidade da era da internet, com suas músicas comerciais, empobrecidas na letra e na melodia. Mas é bom saber que de vez em quando, dá para encontrar, lá no fundo do baú, um bilhete de viagem de volta ao passado. O destino? Um paraíso musical que só quem vivenciou e ouviu sabe o quanto foi bom...

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1 de mai. de 2025

DJI Avata 2 no Rio Santo Anastácio

  E ontem, no Rio Santo Anastácio, fiz mais um dos primeiros voos em FPV com o DJI Avata 2. Paisagem linda, com direito a um take rasante (mas lento) sobre o leito fluvial e embaixo da ponte... Confira!


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Vídeos curiosos: "Ataque de maritacas"



    E ontem, durante os voos treinos em FPV no Rio Santo Anastácio, o DJI Neo sofreu uma verdadeira investida deste bando de maritacas, que rendeu belas imagens em vídeo e fotografia. Confira!





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29 de abr. de 2025

Comentário: "Nossa camisa jamais será vermelha!?"

    


   O ano era distante: 2022! Sim, três anos na era contemporânea da internet, equivalem a trinta na era analógica. Brincadeiras cronológicas à parte, é fato que, desde 1994, as eleições presidenciais no Brasil coincidem com a Copa do Mundo e tem gente que mistura, sem qualquer pudor, bola com urna, chuteira com sapato lustrado, torcida com militância.

  E, há três anos, aquela que foi a eleição presidencial mais acirrada da nossa história, antecedeu a Copa do Catar. Polarização, extremismo, ânimos acirrados. A Copa do Mundo e a seleção brasileira, cuja simbiose sempre teve protagonismo no nosso inconsciente coletivo, ficou em um plano inferior, coadjuvante, figurante, talvez.

    Houve gente que disse que não torceria pela seleção. Outros, para evitar usar o tradicional uniforme amarelo, optaram por modelos alternativos. Confesso: Eu fui um deles! Optei pela camiseta branca, porque tudo o que eu queria, naquele momento, era passar uma imagem de patriotismo pacífico, sereno, racional, contrastando com o radicalismo amarelo. Teve amigo meu que disse, em tom de brincadeira, que seria capaz de encomendar um modelo vermelho,  mas eu disse que seria uma heresia...

     Pois bem! O ano agora é 2025: Um site inglês cravou que, para a Copa do Mundo do ano que vem, o uniforme reserva da seleção brasileira será vermelho, da cor do pau Brasil. Mas esta não seria a justificativa para a mudança estabelecida pela empresa fabricante do uniformes, mas sim, transmitir uma imagem cromática vibrante, apaixonante, jovial. A tradicional camiseta reserva azul - e muito bonita, por sinal - ficaria para escanteio. Absurdo! 

     Serei objetivo e sucinto na minha opinião: Posicionamentos políticos à parte, reforço a tese da heresia, do rompimento com qualquer bom senso, da quase ofensa. É uma mudança desrespeitosa com tudo o que o futebol brasileiro conquistou ao longo da sua história, ao seu legado, à sua tradição. Digo isso exatamente porque não misturo chuteiras com sapatos, bola com urna, torcida com militância. 

        Mas há os que, certamente, fazem o sincretismo político-futebolístico. Dentro deste grupo, há os que jogam na ponta esquerda e os que jogam na ponta direita. Para o primeiro grupo, a camiseta vermelha será um deleite, uma ruptura cromática revolucionária, oportuna. Para os que jogam na ponta direita, uma ofensa, talvez mais um daqueles gestos arquitetados pela Nova Ordem Mundial, cujo objetivo é disseminar o comunismo. 

         Ao meu ver, a mudança é ofensiva, sim, brusca e sem discernimento. Porém, ela é fruto do capitalismo selvagem, do mercantilismo a qualquer custo, pois a empresa que implementará a mudança é braço de uma das maiores marcas esportivas do mundo. Não tem nada de socialismo/comunismo nesta verdadeira presepada!

         Finalizo dizendo que se a seleção brasileira está amarelando em campo, não será a mudança rubra da camiseta reserva que reforçará os laços da paixão dos torcedores pelo time. Time ruim com camiseta vermelha, sem qualquer identidade, só remeterá a um outro sentimento, análogo a cor escarlate: Vergonha ao quadrado!

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21 de abr. de 2025

Comentário: "Valeu, Papa Francisco!"

   




  Há doze anos, foi com muita alegria que vi, através da excelente correspondente jornalística da TV Globo na Itália, Ilze Scamparini, o anúncio de que Jorge Bergoglio, ex arcebispo de Buenos Aires, havia sido escolhido Papa, o Sumo Pontífice do Vaticano e da Igreja Católica. Dizer que, naquela ocasião, eu conhecia algo de sua biografia, seria mentira. A alegria que senti foi pelo fato de um sul-americano ter assumido a mais alta patente do catolicismo, historicamente ocupada por sacerdotes europeus. 

  Bergoglio assumiu após a renúncia do alemão Hatzenger, fato raríssimo na história da Igreja Católica. Dito isso, foi com muita tristeza que hoje de manhã, ao sair do trabalho e ligar o rádio do carro numa das emissoras locais, ouvi o locutor - e xará - Luiz Fernando anunciar a morte de Bergoglio, o eterno Papa Francisco.

   O argentino da ordem jesuíta adotou este nome por ter como inspiração São Francisco de Assis, padroeiro da Itália e defensor dos mais pobres. E foi esta a toada do seu pontificado: A defesa dos mais humildes, dos oprimidos, a autocrítica declarada aos erros históricos cometidos pela Igreja Católica, incluindo pedidos de desculpas aos povos originários do continente americano, bem como a defesa do meio ambiente, e, no âmago conservador do catolicismo, encampar algumas reformulações no Vaticano.

     Com seu semblante sereno, nunca poupou críticas aos líderes mundiais que as merecessem, sendo taxado equivocadamente pelos conservadores de todo o mundo  de "comunista". Não era, longe disso. Criticou sim, as desigualdades gritantes do capitalismo mundial, mas, tal qual São Francisco de Assis e Jesus Cristo, lutou por maior igualdade entre os filhos de Deus, e isso passa muito longe de qualquer flerte com o comunismo. Em um devaneio inflamado, o atual presidente argentino, Javier Milei, disse que Francisco era um "representante maligno na Terra", "imbecil", e "difusor do comunismo". Tempos depois, Francisco, num exercício ímpar de perdão e humildade, recebeu Milei no Vaticano, que pediu desculpas, aceitas pela Vossa Santidade.

   Francisco visitou o Brasil em duas oportunidades: Uma, enquanto arcebispo de Buenos Aires, e outra, já nomeado Papa. Com seu humor singelo, chegou a dizer, brincando: "O Papa é argentino e Deus é brasileiro!"

    Findou-se a vida terrena daquele que considero um dos maiores Papas da Igreja Católica e um ser humano digno da Santidade  concedida pelo Vaticano. Carismático, sábio e amado, Francisco voltou para os braços do Pai com a certeza da missão eclesiástica cumprida da melhor forma, dedicando-se a ela até seus últimos dias. Uma perda irreparável, não só entre os católicos, mas uma perda para a humanidade, uma perda ecumênica, uma perda global. Um dia após à Páscoa, é certa a sua ressurreição e certamente está guardado o seu merecido lugar no aprazível Reino de Deus, onde desfrutará da vida eterna, segundo as nossas próprias crenças Cristãs.


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20 de abr. de 2025

Voa comigo! Imagens do Santuário de Santo Expedito...

   No último sábado, 19 de abril, foi comemorado o dia de Santo Expedito, um dos mais icônicos e relevantes santos do catolicismo. Digo que, através do meu pai, me tornei devoto de Nossa Senhora Aparecida, e, através da minha mãe, aprendi a ser devoto de Santo Expedito. Em honra e singela homenagem ao santo que foi soldado romano, captei algumas imagens do Santuário de Santo Expedito, usando o drone Mini 3 Pro e o aparelho celular. Confiram!

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16 de abr. de 2025

Imagens do Domingo de Ramos, em Presidente Venceslau...



    E no último Domingo de Ramos, fiz a captação das imagens da celebração religiosa promovida pela comunidade local, com o DJI Neo. Takes da Igreja Nossa Senhora de Fátima, Praça Dr. Álvaro Coelho e Escola Alfredo Marcondes Cabral. Confiram o resultado:

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11 de abr. de 2025

Comentário: "As tarifas de Trump"

   


 Trump resolveu tarifar o mundo todo: Desde ilhas austrais povoadas por pinguins até as também gélidas terras nórdicas, onde a aurora boreal se faz presente e Thor martela o martelão. Mas no que diz respeito ao peso das alíquotas tarifárias, tudo o que o presidente norte americano fez até agora foi avançar e recuar, bater e assoprar. Ou seja: Trump está com o cerol nas mãos, mas talvez ainda não tenha batido o martelo, tamanha metamorfose ambulante contida em suas decisões.

  Especulações para forçar as negociações? Indecisão? A verdade é que nem os financiadores de campanha de Trump estão aprovando as idas e vindas do "tarifaço" anunciado pelo bilionário, haja vista a declaração de Elon Musk - outro magnata - a respeito de Peter Navarro, o "mentor intelectual" do pacote tarifário global: Imbecil, segundo o fabricante de carros elétricos e foguetes. 

   Em um mundo globalizado onde a cadeia produtiva ultrapassa fronteiras sem auxílio dos coiotes, as tarifas exercem papel semelhante ao dos muros, às barreiras, podendo gerar um processo inflacionário sem precedentes no comércio mundial. Seria interessante?

    No momento em que escrevo este texto Trump recuou sobre as alíquotas tarifárias do mundo todo para 10%, com exceção ao dragão chinês. Para estes, foram mantidos os três dígitos percentuais. Para quem esperava uma lista tarifária seguindo critérios de alinhamento político ideológico, eis a prova de que, quando o assunto é comércio e grana, pouco importa quem é destro ou canhoto: Desde o início, a Argentina de Milei e o Brasil de Lula foram taxados de forma dizimista: 10% para portenhos e brazucas, mantidos até o momento. Se ficou ruim pra gente, que opera a balança comercial em déficit com os norte-americanos, em terras hermanas a coisa parece ter azedado ainda mais: Milei esperava encontrar-se com Trump, que lhe virou as costas, e a bolsa platina fechou em queda de 11%.

    As perspectivas de recessão econômica norte americana  eram uma realidade bem provável diante do quadro tarifário inicial arquitetado por Trump. Diante do recuo, as chances de recessão da economia ianque diminuíram, mas ainda existem, segundo analistas econômicos, haja vista que muitos países poderão adotar políticas alfandegárias de reciprocidade. 

    Os índices de reprovação de Trump já superam os de aprovação em menos de meio semestre de mandato, e ele já sinalizou almejar passar por cima da Constituição Federal, tentando um terceiro quadriênio na Casa Branca. Do jeito que está, mantido o cenário atual e confuso, provavelmente não faça nem sucessor. Mas é claro, este é um prognóstico provisório e momentâneo, baseado no caótico quadro econômico atual...


* O Eldoradense

   

Comentário: "Presidente Epitácio rumo à prosperidade? Tomara que sim!

       No meio da última semana, li, com muita empolgação, que Presidente Epitácio irá receber um mega investimento no setor de hotelaria. T...