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18 de ago. de 2022

Texto esportivo: "Corporativismo brazuca no futebol"

     



        Tenho acompanhado futebol de forma bem superficial, e talvez isso se deve ao fato de o meu time - Santos - não estar lá estas coisas. Meu perfil de torcedor não é o religioso, fiel, como se fosse um carola esportivo. Já foi, é bem verdade, mas a idade faz com que o sujeito tenha outras prioridades. Se o meu time estivesse bem, se apresentando de forma vistosa, como em outrora, talvez eu fosse mais assíduo. Enfim, torço como quem assiste espetáculos, não como quem participa de forma fervorosa ou assídua de um ritual religioso. 

     Porém, acompanho o que acontece nos gramados de forma superficial, o que não me torna um alienado. Sei que o Palmeiras vem ganhando tudo e mais um pouco, e que o seu técnico português tá dando verdadeiros nós táticos nos adversários brasileiros. Abel Ferreira é reconhecidamente um sujeito comprometido, estudioso, sortudo, e por consequência, vitorioso. Isso, por si só, gera dor de cotovelo.

      Recentemente o portuga palmeirense derrotou mais uma vez o ténico Cuca. Fez uma observação sobre o sistema tático do adversário, o que soou como antiético e gerou uma polêmica desnecessária. Técnicos brasileiros se uniram num corporativismo visivelmente invejoso e detonaram o lusitano, como se ele tivesse cometido o pior dos pecados. Bobagem, tolice, recalque. 

     Minha franqueza permite dizer: Os técnicos brasileiros estudam menos que os adversários estrangeiros, parecem achar que ser treinador é explanar superficialmente sobre estratégia, falar grosso nos vestiários e distribuir camisas. Exagero da minha parte? Pode ser, mas os resultados estão aí para permitir que este último parágrafo seja caricato.

       Ontem, um dos defensores do Cuca, o técnico Jorginho, enfrentou um outro portuga, o lusitano corintiano, Vítor Pereira. Chegou em São Paulo com uma vantagem de dois gols e tomou um verdadeiro vareio em Itaquera. Foi eliminado da Copa do Brasil sem qualquer ressalva. São Jorge exorcizou o dragão goianiense com folga. E aí, o que vai dizer o Jorginho?

         Em todos os setores profissionais, existe um princípio que é um dos determinantes do sucesso: COMPROMETIMENTO. Querer ser o melhor ou fazer parte do seleto grupo dos melhores, torna necessário comprometimento maior. Ninguém alcança o sucesso alheio apenas com falácia gratuita e inveja. Quer estar no topo? Trabalhe, estude e se dedique mais. Conte também com a sorte, pois o sucesso é a consequência da competência com ela. Dá trabalho, é cansativo? Claro que sim, mas é o preço. Caso contrário, acompanhe os outros no topo, batendo palmas respeitosamente ou gritando o coro dos invejosos...


* O Eldoradense 

27 de ago. de 2020

Crônica: "O futebol no rádio"

 



      Para o leitor mais jovem, faço a pergunta: Sabem o que havia no interior daqueles balcões de vidro nas lojas de varejo, onde atualmente encontram-se modernos aparelhos celulares? Imagino que não. Pois bem: Ali encontravam-se rádios à pilha, aparelhos "despertadores" e rádio-relógios. Mas a motivação desta crônica diz respeito ao primeiro item, ou seja, os "radinhos à pilha". 

    O modelo de rádio acima é exatamente igual ao primeiro que ganhei de meu pai, no fim dos anos 80, para ouvir jogos de futebol. Era um "Sanyo", que algum tempo depois, foi trocado por um "Motorádio". Naquela época, não havia internet, e a maior diversão para os meninos, era sem dúvida, o futebol. Futebol de rua, futebol de salão, futebol de botão, futebol de campo. Álbuns de figurinhas, camisetas de clube, zombarias clubísticas entre os adolescentes e suas respectivas paixões. Respirava-se futebol, ao contrário de hoje, com tantas outras opções de entretenimento.


    Santista que sou, desde a tenra idade, acompanhava os jogos do meu time, na maioria das vezes, no rádio. Ah, como aquilo era mágico! Os narradores tinham a missão de trabalhar com o imaginário dos ouvintes, que vislumbravam os lances através das descrições precisas - e algumas vezes exageradas - do locutor, que fazia do microfone um portal cênico. Sim, dava para imaginar o drible, o frissom da torcida nas arquibancadas, a atmosfera contagiante dos estádios, e principalmente, materializar a imagem do maior momento do futebol: o gol.


     A dicção deste pessoal era rápida e precisa, tal qual o toque da bola, e a transmissão era recheada de bordões inesquecíveis como: "Pimba na gorduchinha", "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", ou "balão subiu e desceu" . Muitas vezes, jogando futebol de botões com meu irmão, eu me pegava imitando estas figuras notáveis, simulando e imitando suas narrações. Eram meus ídolos, tantos quanto os jogadores. Destaco dentre muitos, Osmar Santos, Fiori Gigliotti, Vanderley Ribeiro e José Silvério. Os caras eram bons demais da conta!


       Hoje, com a facilidade das transmissões dos canais por assinatura, o rádio perdeu muito do seu espaço com relação às transmissões futebolísticas. Mas muitas vezes me pego buscando no Youtube tais narrações, que tanto fizeram parte da minha adolescência. Bons tempos em que o futebol era mais emocionante, romântico e apaixonante...


       * Para ilustrar o que digo, abaixo está o vídeo daquele que acho um dos lances mais inesquecíveis do futebol. As oito pedaladas de Robinho diante do Corinthians, abrindo o caminho do título brasileiro do Santos em 2002. A narração é de José Silvério, e por saudosismo, a simulação do lance é através do futebol de botões...





* O Eldoradense    

21 de jun. de 2020

Texto esportivo: "Eu e a seleção de 70"

    Sempre digo que apesar de eu não ser mais nenhum garoto, tenho os gostos de uma faixa etária um pouco mais avançada que a minha. Basta dizer que sou fã dos Beatles, torço para o Santos e se me perguntarem qual o escrete da seleção brasileira que mais me impressionou, respondo, sem titubear: Não houve e não haverá seleção mundial alguma superior ao Brasil de 1970.

   No ano em que o Brasil sagrou-se tricampeão no México, a minha idade era de "sete anos negativos" ou "menos sete", e o que eu pude acompanhar daquela seleção foi através das inúmeras narrativas das histórias contadas pelo meu pai, das várias reportagens que li sobre aquele time, das antigas filmagens em VHS, e hoje, através do Youtube.

     Declínios técnicos e estruturais do futebol brasileiro à parte, temos ainda a seleção que mais venceu Copas do Mundo. Somos os únicos pentacampeões, e tivemos várias campanhas marcantes nos mundiais: A seleção de 58 abriu as portas para os títulos, o bicampeonato de 62 foi heroico, o tetra, em 94, deu-se mais pela força e disciplina que pelo talento. Em 2002, fomos pentacampeões com propriedade, não tenho dúvidas. Existem também aqueles times que fizeram história mas não venceram, como a seleção de 1950 e 1982.

    Todos os times citados no parágrafo acima foram marcantes, mas ainda assim, sem querer menosprezar ninguém, o time de 1970 está muito acima dos patamares técnicos dos demais. Aquela equipe aliava força, competitividade, velocidade e talento insuperáveis, atemporais, e quiçá, sobrenaturais.

     E sinceramente, eu acho que para quem desconhece o assunto, fica difícil ser didático em cinco parágrafos. Como as imagens têm maior valor que as palavras enquanto prova material, eis abaixo, um vídeo que ilustra o que eu digo. Em homenagem aos cinquenta anos do tricampeonato da seleção brasileira, segue abaixo todos os gols assinalados por aquele time que, mesmo eu não tendo visto jogar, admiro tanto...


* O Eldoradense

29 de jul. de 2019

Santos FC: Apenas um time latino-americano sem dinheiro no banco!





    Enfim, o Santos assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro, vencendo o frágil Avaí em casa, pelo placar de 3x1. Santista que sou, não nego satisfação e expectativas, mesmo sabendo que ainda existe muita água do mar pra correr no canal do Guarujá. E os detalhes desta vitória de ontem mostram um Santos bem "latino - americano, sem dinheiro no banco", como no clássico musical do saudoso e bigodudo Belchior.


      Um paraguaio abre o placar e um argentino careca vibra feito louco na beira do gramado. O Avaí empata, só pra dar um susto. Mas aí, um venezuelano se refugia pela esquerda, dribla uma alfândega de zagueiros azuis e cruza na cabeça calva de um uruguaio. Caramba, este time de branco é brasileiro?? Ah, é sim! Porque no segundo tempo, um brasileiro com nome quase gringo faz o terceiro. E que golaço do tal Felipe Jonatan! 

     O Santos tornou-se líder do campeonato com elenco modesto, estando a frente de clubes que investiram bem mais, como Palmeiras e Flamengo. Um time de bons jogadores, mas nenhum craque em evidência, como na era Neymar. Está lá, no topo da tabela, tal qual tubarão mineiro fingindo ser peixe pequeno. Ah, em Minas não tem mar, mas dane-se! Tudo pela  metáfora! O técnico argentino e calvo talvez seja o maior responsável por isso, elaborando variações táticas interessantes, lembrando uma dona de casa que precisa fazer um bolo sofisticado sem tantos ingredientes nas mãos. 

       Tudo bem que os rivais ricos estejam disputando outras competições e que o fato do Santos estar disputando exclusivamente o brasileirão também justificam a presença do peixe no ponto máximo da classificação. Mas que é muito bom ver a nossa escassez tripudiar sobre a abundância alheia, isso é! Pode ser que o Santos não seja campeão, mas que o clube está tirando leite de pedra, está! Enfim, algo típico de um time que pode não ter dinheiro, mas tem muita camisa e história. Um time latino-americano, sem dinheiro no banco, sem jogadores importantes, vindos do exterior...

* O Eldoradense


15 de jul. de 2018

Fim de Copa: França bicampeã mundial!




França 4x2 Croácia

  Há quem diga que um campeão, além de méritos, precisa ter sorte. Se a máxima valesse anteriormente ao jogo, todos poderiam apostar no triunfo croata, já que a equipe havia se classificado em duas decisões por pênaltis e mais uma vitória na prorrogação. Porém, a sorte hoje parecia estar do lado francês. 

   Digo isso porque num momento de equilíbrio da partida, em bola alçada na área oriunda de uma falta, o croata Mandzukic fez um gol contra, aos dezoito minutos do primeiro tempo. Mas o jogo seguia equilibrado, e a lutadora Croácia empatou com Perisic´, dez minutos depois, num belíssimo chute cruzado de esquerda. Porém, novo lance de sorte da França: numa cobrança de escanteio, a bola tocou na mão do defensor croata, que não estava colada ao seu corpo. Após consulta com a arbitragem de vídeo, o juiz marcou o pênalti, convertido por Griezmann, aos trinta e oito minutos. 

    Veio o segundo tempo, e com ele, a a confirmação da soberania francesa. Pogba, após duas tentativas, marcou o terceiro gol da França aos quatorze minutos da segunda etapa. Como se não bastasse, Mbappé ampliou aos vinte, num tirambaço de longa distância. O título era questão de tempo. Quatro minutos depois, numa bobagem do goleiro francês, que tentou sair jogando numa bola recuada, Mandzukic´ diminuiu, renovando as esperanças croatas. Mas foi só: 4x2 para "os azuis", bicampeões mundiais de futebol. 

     Com o resultado, a França iguala-se em conquistas aos argentinos e uruguaios, sendo que o técnico Deschamps conseguiu o maior triunfo do futebol mundial em duas circunstâncias distintas: como jogador e treinador. Só o brasileiro Zagallo e o alemão Beckenbauer conseguiram tal façanha. Título justo, que caiu em pés certos. Os franceses mostraram, ao longo da competição, coletividade, força física, velocidade e talentos individuais. A receita para o sucesso em um torneio tão disputado precisa destes ingredientes imprescindíveis. Aos croatas restaram o orgulho de uma belíssima campanha, honrada com muita luta e persistência. Por quatro anos, a supremacia do futebol mundial é francesa! Daqui a quatro anos, as principais seleções do mundo voltam a duelar ferrenhamente nos gramados do Catar...

* O Eldoradense

14 de jul. de 2018

Bélgica ficou em terceiro, e Inglaterra em quarto...





Bélgica 2x0 Inglaterra

  As duas equipes haviam se enfrentado na fase de grupos desta Copa, sendo que os belgas saíram vitoriosos em um jogo em que ambos já estavam classificados, e por isso, pouparam boa parte dos seus respectivos titulares. Um a zero foi o placar daquela partida, determinando a primeira colocação do grupo para a Bélgica.

   Já neste embate de terceiro e quarto lugares, pode se considerar que o jogo foi equilibrado, mas as chances de gols mais claras e objetivas foram dos belgas, e por isso, o dois a zero foi mais do que justo. Já no início do primeiro tempo, Meunier aproveitou um cruzamento rasteiro e finalizou com precisão, mostrando o cartão de visitas, confirmando que a Bélgica ambicionava conquistar sua melhor colocação na história das Copas. Os ingleses bem que tentaram o empate, sem sucesso. A melhor chance foi no segundo tempo, em que o defensor belga interceptou uma finalização quase que em cima da linha. Depois disso, a Bélgica fez o que sabe de melhor: contra-ataques. E foi num lance assim que o craque Hazard deu números finais à partida, chutando rasteiro no canto direito do goleiro inglês.

   A Bélgica ficou com uma honrosa medalha de bronze, enquanto que aos ingleses restou um quarto lugar, que está de muito bom tamanho pelo futebol entediante que jogam!

* O Eldoradense

13 de jul. de 2018

Minha torcida na final da Copa terá sabor de... "croissant"!




   A Copa do Mundo está chegando ao seu final. Só duas seleções duelarão pelo primeiro lugar, e creio que dificilmente alguém tivesse projetado uma decisão entre França x Croácia. E como todo brasileiro que gosta de futebol, escolherei um lado para torcer, já que infelizmente, a nossa seleção brasileira foi eliminada do certame. Para quem torcer? Fica a pergunta, enquanto eu comentarei sobre a minha predileção. 

   Como disse anteriormente, o Brasil não está no páreo. Quando isso ocorre, minha torcida sempre vai para uma seleção sul-americana. Como nem a gente e também nenhum dos nossos vizinhos tiveram bola para decidir a competição no domingo, resta torcer para o menos tradicional, e por consequência, o mais surpreendente: Vou de Croácia, e acho que a maioria dos que leem este post também adotará esta linha de conduta. Mas vejam, apesar do fato de torcer pelos croatas, preciso admitir que se por acaso a França levantar a taça, não ficarei tão contrariado, e explico os motivos no próximo parágrafo.

  Primeiro, a França tem jogado um futebol bonito, competitivo, e isso é um grande ponto a favor. Segundo porque caso isso ocorra, será apenas o segundo título deste pessoal, que vai ter que comer muita grama até chegar a um pentacampeonato, e portanto, a conquista francesa não incomoda tanto quanto um triunfo alemão ou italiano, (ambos tetracampeões). E terceiro, e principal motivo: a França é multirracial! Miscigenados vindos principalmente da África, tanto negra, quanto árabe. Isso é muito bacana, principalmente agora, quando o mundo sofre com as discussões em torno da imigração, da xenofobia e da intolerância. Em um tempo em que o boçal Donald Trump propaga discursos toscos com o apoio de muitos, seria interessante ver uma seleção mundial mostrar que um país miscigenado e tolerante pode vencer não só futebolisticamente, como também enquanto sociedade. A França é um exemplo clássico de que um país pode ser vitorioso, ao mesmo tempo que tolerante, libertário, progressista e desenvolvido. 

   Portanto, por motivos puramente futebolísticos, "a priori", minha torcida é croata. Por outro lado, os nobres motivos citados acima, fazem com que um possível título francês não seja motivo de minha antipatia. Torcerei para a Croácia, com um leve sotaque francês. Enfim, minha torcida terá sabor de croissant!

* O Eldoradense

12 de jul. de 2018

Ingleses inventaram o futebol, mas quem está na final é a Croácia!



Croácia 2x1 Inglaterra (prorrogação)

  Os ingleses inventaram o futebol, mas parece que esqueceram de aprimorá-lo. Tanto é que ganharam apenas uma Copa, jogada em casa, numa final onde a arbitragem foi questionada. Porém, isso são águas passadas, e falemos então, do presente. Ontem os jogadores croatas provaram mais uma vez que possuem nervos de aço, corações de leões e fôlego incansável. Após vencerem dois adversários nos pênaltis durante a fase de jogos eliminatórios, superaram a Inglaterra (de virada) no tempo extra. Logo aos cinco minutos de jogo, Trippier abriu a contagem para os ingleses, numa cobrança magistral de falta. Apesar disso, o jogo seguiu equilibrado, sem favoritismo. No segundo tempo, aos vinte e três minutos, Perisic´ aproveitou com sucesso um cruzamento, cabeceando e empatando o jogo para os croatas. A peleja seguiu emparelhada e emocionante, arrastando-se para o tempo extra. E foi aos quatro minutos da segunda etapa da prorrogação que Mandzukic´, num chute cruzado, definiu a classificação croata, porque o jogo ficou nisso. 

      A Croácia tentará seu título inédito diante dos franceses, enquanto a Inglaterra brigará pelo honroso terceiro lugar diante da Bélgica. A Copa se afunilou, e só uma equipe alcançará o topo. Quem será?

* O Eldoradense

11 de jul. de 2018

Franceses foram à final, enquanto belgas disputarão terceiro lugar...




França 1x0 Bélgica

  A França confirmou seu favoritismo e bateu a Bélgica na primeira semifinal da Copa, em um jogo movimentado, com ambas as equipes procurando a vitória, cientes de suas respectivas capacidades técnicas. Jogo lá e cá, sendo que os belgas ficaram com a posse de bola em 60% do tempo, enquanto os franceses, obviamente, dominaram a pelota em 40%. Mas o objetivo do futebol não é ficar com a esfera de couro, mas sim, colocá-la para o fundo da rede. E quem fez isso  foi a França, através do zagueirão Umtiti, em um cabeceio proveniente de cobrança de escanteio, aos seis minutos da segunda etapa. Os belgas bem que tentaram, mas aconteceu com eles o que havia acontecido com o Brasil, quando nossa seleção os enfrentaram. Faltou um pouco de sorte. A França foi cirúrgica, precisa, letal, e por isso, vai disputar sua terceira final nas últimas seis Copas. Os diabos vermelhos não vão embora, pois disputarão o honroso terceiro lugar contra os perdedores da semifinal de hoje. Para encerrar a postagem com uma pitada de humor, reproduzo uma piada de Whatsapp, que acabei de visualizar: "A Bélgica fez igual a greve dos caminhoneiros... Parou o Brasil por nada!"

* O Eldoradense

8 de jul. de 2018

Nos pênaltis, Croácia venceu os donos da casa!



Rússia 2x2  Croácia

   Mais um jogão daqueles de tirar o fôlego! Ontem, croatas e russos deram mais uma exibição de raça, entrega e superação. Jogo lá e cá, onde qualquer resultado seria possível e justo. Cheryshev, num chute preciso de longa distância, abriu o placar para os russos, aos trinta e um do primeiro tempo. Oito minutos depois, Kramaric´ empatou para a Croácia, num cabeceio. Veio o segundo tempo e a continuidade do equilíbrio, marcado pela ausência de gols e a chegada da prorrogação. E na primeira etapa do tempo extra, mais precisamente aos dez minutos, Vida virou para os croatas, em um cabeceio aproveitando cobrança de escanteio. Desapontamento para a torcida russa, dona da casa. Mas os anfitriões lutaram até o fim, sendo recompensados por isso: Aproveitando uma cobrança de falta, Mário Fernandes, (brasileiro naturalizado russo); cabeceou bonito para o fundo da rede, empatando o duelo, aos dez minutos da segunda etapa da prorrogação. Nos pênaltis, os croatas levaram a melhor, avançando para as semifinais, onde enfrentarão a Inglaterra. A Rússia, apesar de eliminada, parece ter ficado também com a sensação de dever cumprido, como se tivesse ido mais longe do que poderia. Belíssimo jogo!

* O Eldoradense

7 de jul. de 2018

Não deu!





Bélgica 2x1 Brasil

  É fato. Não era dia do Brasil vencer a Bélgica. Continuo afirmando, apesar da derrota: O time belga é bom, mas não é melhor que o time brasileiro. Dentro de uma normalidade, no tabuleiro da Copa, a seleção canarinho deveria avançar mais uma casa e parar na excelente seleção francesa. Se parasse na França, ok. Se passasse pelos franceses, seria sorte. Ficar na Bélgica, ao meu ver, foi azar, zebra, surpresa. 

   E qualquer médium sensitivo futebolístico já deveria ficaria atento com uma possível premonição negativa quando Thiago Silva mandou uma bola lenta e caprichosa na trave, no início da partida. A premonição tintilaria com mais força quando Fernandinho, em seguida, fez um gol contra com o braço. Mas ainda dava para acreditar, porque este lance de premonição é instinto, não é ciência. Poderia pensar assim até que num contra-ataque em que a Bélgica engatou a sexta marcha foi parar mais uma vez na meta brasileira, com De Bruyne. A casa parecia ter caído, mas como diz a propaganda entusiasta, brasileiro não desiste nunca.

    O primeiro tempo acabou dois a zero, para desânimo brazuca. No início da segunda etapa, Gabriel Jesus foi derrubado na área, mas nem o juiz da partida nem a arbitragem de vídeo viram pênalti no lance. O Brasil martelou, tentou, substituiu peças, até que Renato Augusto, num lance improvável, acertou uma bola cabeceada na meta belga, sitiada por gigantes. Dois a um.

     A possibilidade do empate era concreta, mas ontem, foi realmente um dia estranho. Neymar, que não jogou o que sabe, chutou uma bola no ângulo, e o goleiro belga, (que parece um boneco de Maracatu); sufocou nosso último suspiro. Brasil fora, para concretizar a supremacia europeia pela quarta Copa consecutiva. Será que não existe mais futebol vencedor abaixo da Linha do Equador? Fica a pergunta...

* O Eldoradense

6 de jul. de 2018

E a França segue derrubando sul-americanos...





França 2x0 Uruguai

  Foi jogo de um time só. Não que a supremacia francesa sobre os uruguaios tivesse sido absoluta, mas foi algo controlado, racional, previsível e incontestável. Sem Cavani, a seleção sul-americana perdeu muito do seu poderio, e o problema é que os franceses não têm nada a ver com isso. Se impuseram, jogaram com velocidade, aplicação tática, vigor físico e técnica. Arrisco dizer que a França tem o maior favoritismo ao título desta Copa, fazendo uma análise imparcial da competição. Aos quarenta do primeiro tempo, em bola aérea oriunda de uma falta, Varane cabeceou no canto, abrindo o placar para os europeus. No segundo tempo, aos dezesseis minutos, Griezmann chutou forte, e o goleiro uruguaio Muslera tomou um frangaço daqueles para ter pesadelos à noite. Dois a zero e fim de papo. A França segue na Copa consolidando o papel de carrasca de seleções sul-americanas. Venceu o Peru na primeira fase, e posteriormente, nos jogos eliminatórios, tirou argentinos e uruguaios da parada. Se o Brasil vencer a Bélgica, teremos os franceses pelo caminho. Levando-se em contra o retrospecto, é bom colocar as barbas de molho...

* O Eldoradense

4 de jul. de 2018

Inglaterra venceu Colômbia nos pênaltis...



Inglaterra 1x1 Colômbia

  E foi ontem à tarde a última partida da fase de oitavas de final, definindo todos os confrontos para a próxima etapa. E entre ingleses e colombianos, os europeus levaram a melhor. No primeiro tempo ficou visível a falta que o craque James Rodríguez fez à seleção colombiana, que pouco produziu ofensivamente. Mas ainda assim, o placar do intervalo marcava zero a zero. Porém, no início da segunda etapa, os ingleses tiveram um pênalti ao seu favor, convertido de forma competente por Harry Kane, que marcou o seu sexto gol na Copa.  Na base da raça e da vontade, os colombianos conseguiram o gol da sobrevida, nos acréscimos: Mina, o zagueiro artilheiro subiu mais alto que a defesa inglesa e empatou o jogo, que foi para a prorrogação. Nos trinta minutos de jogo extra, o domínio foi inglês, porém, não o suficiente para que houvesse desempate. E nos pênaltis, os europeus foram mais eficientes, convertendo quatro cobranças, enquanto os sul-americanos, assinalaram apenas três. E foi assim que aconteceu: vitória do time da Rainha Elizabeth sobre o da Shakira. Os ingleses enfrentarão os suecos na próxima fase.

* O Eldoradense  


3 de jul. de 2018

Suecos ficam, suíços voltam...



Suécia 1x0 Suíça

  Bom, este foi mais um jogo de europeus grandalhões com cinturas duras, o que não quer dizer que não sabem jogar futebol. É um outro estilo, diferente daquele mais irreverente, mais baseado na força e nas bolas aéreas. Mas geralmente estes times possuem bom nível técnico e costumam fazer campanhas honrosas em competições internacionais de futebol.

    E dentro destas propostas características das duas seleções, ambas alternaram lances perigosos, sem uma supremacia maior de uma sobre a outra. Tanto Suécia quanto Suíça poderiam sair vitoriosos, sem injustiça, tamanho o equilíbrio. Parecia um jogo de xadrez.  E num destes bate rebates corriqueiros em jogos deste tipo, o  sueco Folsberg mandou a bola para o fundo das redes adversárias, sendo que antes ela resvalou no zagueiro Akanji. Isso aconteceu já na metade do segundo tempo. Os suíços martelaram, insistiram, mas quem teve outra melhor chance foi a Suécia: em um contragolpe no fim do jogo, quase ocorreu um pênalti para os suecos, acertadamente corrigido pela arbitragem de vídeo. Ficou nisso. A Suécia avança para as quartas, e a Suíça encerrou sua participação na Rússia...

* O Eldoradense

Japão x Bélgica: Nipônicos ganhavam feito samurais, mas tombaram feito kamikases!





Bélgica 3x2 Japão

  As emoções da Copa definitivamente aumentam conforme os jogos eliminatórios vão acontecendo. Bélgica e Japão fizeram uma partida cuja melhor parte ficou na segunda etapa. Para quem imaginava uma supremacia absoluta dos europeus, houve uma grande surpresa: zero a zero no primeiro tempo, e no segundo... Ah, no segundo!

   Os japas tocavam a bola de forma primorosa, enquanto os belgas pareciam meio que perdidos na hora de atacar. Aos três minutos, Haraguchi saiu em contra-ataque, chutando cruzado e abrindo o placar. Japão um a zero! Aos sete minutos, Inui chutou bonito, aumentando a diferença. A zebra parecia ter olhinhos puxados! Parecia. Numa cabeceada totalmente despretensiosa, aos vinte e quatro minutos, Vertonghen recolocou a Bélgica no páreo. Cinco minutos depois, o cabeludo Fellaini cabeceou, (bem pretensiosamente, por sinal); empatando o jogo para os belgas.

     E aí, quem imaginou comodismo das duas equipes se enganou. Defesas bonitas dos dois goleiros, corre corre, vontade de vencer. E foi nesta vontade ingênua de aniquilar a contenda que o Japão parou pela inexperiência. Num escanteio no último minuto do jogo, os nipônicos se lançaram ao ataque. O goleiro belga pegou a bola e fez uma reposição rápida, iniciando um contragolpe mortal, finalizado por Chadli, dando números finais à partida. Bélgica três, Japão dois. Os nipônicos pareciam que venceriam feito samurais, mas lançando-se loucamente ao ataque, tombaram feito kamikazes. A Bélgica enfrentará o Brasil nas quartas-de-final, enquanto os japoneses estão lamentando a desclassificação até agora...

* O Eldoradense

2 de jul. de 2018

Na cidade de base espacial russa, Brasil mandou o México para o espaço!



Brasil 2x0 México

  Foi um jogo relativamente difícil, principalmente no início do primeiro tempo, quando o México dominava as ações ofensivas e estava mais próximo do gol do que a seleção brasileira. Mas da metade da primeira etapa até o restante do jogo, o Brasil prevaleceu. Willian, ao meu ver, foi o nome da partida. Na cidade onde os russos mantém uma base aeroespacial, o "foguetinho", como foi apelidado, chegou rapidamente à linha de fundo, cruzou, e Neymar marcou. É o sexto gol do craque em sua segunda Copa do Mundo.

   O México proporcionou alguns sustos, é bem verdade. Mas nada que fizesse o torcedor pensar que a classificação para as quartas-de-final fosse escapar dos pés brazucas. O contragolpe fatal parecia ser questão de tempo. E foi! Numa arrancada fulminante pela esquerda, Neymar deu um passe açucarado para Firmino, que mandou a bola para o fundo dos barbantes mexicanos. O relógio já marcava 43 minutos do segundo tempo. A classificação já estava sacramentada! Dois a zero em um jogo que confirmou o favoritismo brasileiro.

    Sobre a atuação de Willian, "o foguete":

     "Na cidade onde os russos mantém uma base aeroespacial, o Brasil lançou seu o foguete, e mandou o México para o espaço!"


* O Eldoradense

Croácia fica, Dinamarca vai...





Croácia 1x1 Dinamarca

   E ontem foi o dia que as seleções tiraram para disputar pênaltis! Além de Rússia x Espanha, Croácia x Dinamarca também resolveram decidir suas campanhas na Copa sobre a marca da cal. Foi um jogo maluco, equilibrado, imprevisível.

     Logo no primeiro minuto de jogo, veio uma bola proveniente de arremesso lateral na área dos croatas. Após um bate rebate esquisito, a pelota sobrou nos pés de Mathias Jorgensesn, que deu um chute fraco na bola, que resvalou em alguns pés antes de cair no fundo das redes. Um a zero Dinamarca. Como as equipes eram tão parelhas na bola quanto nas estaturas dos seus jogadores, três minutos depois, em outro lance de bate rebate, Mandzukic empatou para a Croácia. 

     E aí, o jogo que parecia ser eletrizante, deu uma estabilizada nas emoções, ainda que o equilíbrio tenha sido prevalente nos dois tempos. Mas acabou um a um, e em fase eliminatória de Copa do Mundo, um precisa ficar, e outro sair. Prorrogação. Equilíbrio persistindo, até que em um contra-ataque croata, saiu um pênalti aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação. Tinha tudo para a fatura ser liquidada. Mas não! Modric cobrou, e o goleiro dinamarquês Schmeichel defendeu! O empate continuou. E aí, decisão por penais...

      Psicologicamente falando, a Dinamarca seria ligeiramente "favorita", pois o seu goleiro salvou a equipe da desclassificação, né? Sim, faz sentido. O problema é que o futebol, em muitas das vezes, não faz o menor sentido! Num festival de defesas dos goleiros, o arqueiro croata levou a melhor: Três para os eslavos, dois para os nórdicos. A Croácia enfrentará os russos nas quartas, enquanto os dinamarqueses saíram da competição de forma honrosa.

* O Eldoradense

1 de jul. de 2018

Russos mandaram espanhóis para casa!



Russia 1x1 Espanha

  Uma coisa era certa: Mesmo que a Rússia fosse desclassificada hoje pela Espanha, não voltaria para casa, pois já está em casa! Depois desta piada genial, falemos sobre o confronto dos anfitriões contra a "Fúria".

      Bom, jogo contra a Espanha não tem muita novidade. Eles ficam tocando a bola pra lá, pra cá, pra acolá, retornam, tentam, pensam, e quem assiste, sente sono. Quando este toque metódico e irritante ainda rende gols e objetividade, vá lá. Mas o que aconteceu hoje foi bem feito para que a "Fúria" mude um pouco este jeito chato de jogar futebol. A coisa é tão chata, mas tão chata, que para sair um gol espanhol, houve colaboração russa: Num lance esquisito, Ignashevich marcou contra, no começo do primeiro tempo. E aí, volta a mesma "tourada"... bola pra lá, bola pra cá, pra acolá... Sem objetividade!!! Num dos lances em que a Rússia foi ao ataque, o zagueiro espanhol Piquet tocou a bola com a mão. Pênalti. Dzyuba igualou para os russos.

    Segundo tempo. Bola pra lá, pra cá, pra trás, pra frente, e sono. Cochilo. A peleja terminou empatada e veio a prorrogação de trinta minutos. Bola pra cá, pra cá, pro meio, pra frente, e continuou o empate. Só mesmo os pênaltis para decidir quem continua na Copa! Como nas penalidades não dá para continuar tocando a bola, os espanhóis desperdiçaram duas cobranças, enquanto os russos converteram todas! Quatro a três para os donos da casa. Rússia classificada! A Espanha pagou por um estilo de jogo metódico, chato e ineficaz...


* O Eldoradense  

Uruguai venceu Portugal e enfrentará a França!



Uruguai 2x1 Portugal

  Mais um excelente jogo na fase de oitavas-de-final que assisti: Uruguaios e portugas confirmaram as expectativas de que fariam um belo duelo, marcado pelo equilíbrio e emoção. Logo aos sete minutos de jogo, numa bela jogada entre os craques Cavani e Luis Suárez, um deu um belo passe para outro, que devolveu em forma de cruzamento para um, e... Gol do Uruguai, numa cabeceada forte de Cavani. 

    O jogo seguiu equilibrado nas duas etapas, sendo que aos dez minutos do segundo tempo, na cobrança de um escanteio, Pepe, (brasileiro traíra que joga para Portugal); empatou o jogo, também num cabeceio. Mas o Uruguai não se intimidou, e atuando de forma coletiva e aguerrida, chegou ao segundo gol, aos dezessete minutos, novamente com o preciso Cavani. 

  Cristiano Ronaldo teve atuação discreta, praticamente anulada pela forte e eficiente marcação dos uruguaios. E isso foi determinante para a vitória sul-americana: dois a um para o Uruguai, que enfrentará a França nas quartas-de-final. Cristiano Ronaldo e outros integrantes da tripulação portuguesa voltarão para casa, pois a esquadra lusitana naufragou na Rússia....

* O Eldoradense

     

30 de jun. de 2018

França despachou Argentina em jogo sensacional!





França 4x3 Argentina

  Tive o imenso prazer de assistir ao primeiro jogo da fase eliminatória da Copa. Técnica, garra, alternância de placar e gols bonitos foram os ingredientes deste França x Argentina, que certamente ficará para a história dos mundiais. Os franceses abriram o placar em um pênalti sofrido por Mbappé, convertido por Griezmann. Ao final do primeiro tempo, Di María empatou em um chute incrível, mostrando que a Argentina lutaria pela classificação. Início da segunda etapa e Mercado desviou um chute de Messi, virando o jogo para "los hermanos". Mas a França tinha visível superioridade técnica, e principalmente, tática.  Pavard empatou em um chute cruzado magnífico. Mbappé desempatou para os franceses, e posteriormente, ampliou. Quando a fatura parecia liquidada, Aguero diminuiu para os argentinos, colocando fogo nos minutos finais da partida. Mas ficou assim: Quatro a três para a França, que se firma como uma das favoritas ao título. Os argentinos deram adeus à Copa da Rússia...

* O Eldoradense 
    

Drones diferentes sobrevoando o mesmo lugar: O Rio do Peixe!

      O Rio do Peixe nasce em Garça, segue o seu curso em direção ao Oeste do Estado de São Paulo e deságua no Rio Paraná, delimitando as mi...