Chefe do Ministério Público, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (11), por meio de sua assessoria de imprensa, que não pretende se pronunciar sobre o depoimento de Marcos Valério até o final do julgamento do processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Os ministros da corte já julgaram os 37 réus, mas agora estão definindo pontos pendentes, como a possível perda do mandatos dos réus condenados. Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" publicada nesta terça revela detalhes sobre o depoimento de Valério à Procuradoria-Geral da República (PGR), em setembro. Segundo a publicação, o suposto operador do mensalão afirmou aos procuradores da República que Lula sabia de empréstimo do Banco Rural para o PT.
Depois de ter vindo à tona que Valério havia prestado novas declarações à PGR, Gurgel chegou a se manifestar sobre o assunto, sem detalhar o conteúdo do depoimento. O procurador-geral, entretanto, sempre enfatizou que as eventuais informações trazidas pelo operador do mensalão só poderiam ser usadas em um novo inquérito. De acordo com o chefe do MP, não há nenhuma possibilidade de o recente depoimento de Valério ser aproveitado no processo do mensalão e nem sequer de beneficiá-lo, nesta ação penal, com a delação premiada.
Conforme o jornal, o depoimento de Valério foi enviado ao STF, mas os ministros receberam as informações com cautela e alertaram que as declarações não mudam o julgamento do mensalão, que se encontra em fase final. A assessoria do ex-presidente Lula informou ao G1 que ele não pretende se manifestar sobre a reportagem. No entanto, ressaltaram os assessores, se mudar de ideia, Lula se manifestará por meio de nota oficial. Fonte: G1
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