“Partidarismo doentio”
“Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!” – Paulo
Cintura;
“Saúde
e paz, o resto a gente corre atrás” – Pedro Bial;
“Me cansei, de lero-lero, dá licença, mas
eu vou sair do sério... quero mais saúde!” – Rita Lee;
As respectivas frases ditas por estes três
filósofos contemporâneos, (brincadeirinha), dão a dimensão exata do quão o item
saúde é importante para qualquer cidadão. E no início da semana, o debate sobre
o tema aflorou de forma intensa em nossa comunidade, motivado pela falta de
médicos nos Postos de Saúde locais, que supostamente, vem sobrecarregando o
atendimento na Santa Casa de Presidente Venceslau.
Na última segunda-feira, segundo notícia
veiculada pela assessoria de imprensa da Câmara Municipal, parece que nossos vereadores
debateram exemplarmente sobre o assunto. Destaco, sem querer fazer propaganda
deste ou daquele edil, os posicionamentos do “Mestre Tota” e do Tufy Jr. O
primeiro pede contrapartida dos municípios vizinhos cuja população é atendida
na Santa Casa local, o que considero justo. O segundo propõe uma reunião
envolvendo a provedoria do hospital, o executivo, o legislativo e o Ministério
Público. Creio que é assim que deve ser: diálogo, busca pelas soluções e
alternativas, deixando questões partidárias e preferências políticas em segundo
plano.
Digo isso porque vejo principalmente por
parte dos eleitores, uma segregação ainda acirrada, que partidariza até mesmo a
questão da saúde, resquício das últimas eleições, que por sinal, é fatura
liquidada há mais de meio ano. Quem votou no candidato D reclama da demissão
coletiva dos profissionais de saúde realizada no final do mandato do candidato
E. Porém, quando alguém concorre a um cargo público, está ciente dos desafios a
serem resolvidos, e creio que os olhares devem ser voltados para frente, não
para trás. Por outro lado, não adianta os simpatizantes do candidato E pregarem
o discurso do “cada povo tem o governo que merece”, pois se o trabalho
realizado anteriormente tivesse sido satisfatório, a reeleição teria sido
confirmada nas urnas, o que não aconteceu.
Amigos leitores, o buraco é mais embaixo, e
envolve questões suprapartidárias e emergenciais. A doença não atinge somente o
paciente do PT, do PMDB ou do PSDB. Ela atinge a todos os contribuintes, que
pagam seus impostos em dia, exatamente para que tenham, no mínimo, atendimento
digno. O resto é democracia e preferência político-ideológica, que deve ser
respeitada.
Mas se for para “partidarizar” uma questão
tão humana quanto à saúde, finalizo: O venceslauense demonstrou que na política
local insatisfação rima com renovação, e não com reeleição. A lição serviu no
passado recente para o candidato E, bem como pode servir de alerta para D. Fica
a dica.
* O Eldoradense
...infelizmente vivemos num país onde o melhor convenio ainda é o dinheiro, onde mesmo sendo um cidadão de bem e correto com seu deveres; percebe se que fica a desejar o tal merecido respeito como pessoa humana...
ResponderExcluirNum país onde se investem rios de dinheiro para manter a saúde da população é vergonhoso dizer "vivemos num país doente por falta de verba"...