"Eficiência e pragmatismo"
O primeiro jogo das semifinais entre os alvinegros paulistas, foi de fato, como se esperava: eletrizante. Em uma Vila Belmiro repleta de torcedores, fogos de artifício e apitos, o Corinthians não se intimidou e surpreendeu o Santos no início de jogo. Marcando a saída de bola da equipe praiana, diminuindo os espaços e anulando os principais homens de criação do peixe, o time paulistano dominou o primeiro tempo, tocando a bola com paciência e eficiência. E em um dos contra-ataques corintianos, Paulinho achou Émerson livre na grande área, que colocou a bola por cima do goleiro Rafael, adiantado. Um golaço.
Ganso e Arouca fizeram um primeiro tempo que caracterizou falta de ritmo de jogo, pois ambos acabaram de recuperar-se de lesões, sendo que os mesmos renderam muito abaixo do que costumam render. Neymar, por sua vez, não se omitiu no jogo, porém, não estava inspirado, não encontrando brechas no competente sistema de marcação que o Corinthians impôs sobre o craque. Digo sistema de marcação, porque a mesma não foi exercida homem a homem, mas sim, por zona, sempre com cobertura bem feita pelos volantes e zagueiros.
No final do primeiro tempo, Elano teve uma boa chance, mas chutou em cima de um defensor adversário.
Veio o segundo tempo e o Santos insistia no toque de bola lento e em arriscar lançamentos e cruzamentos para a área. Era tudo o que a zaga corintiana queria, principalmente o alto e bom goleiro Cássio. Ganso começou a acertar passes e o Santos melhorou um pouco. Em outro contra-ataque, Émerson saiu na cara do gol, passando por Durval, mas preferiu se jogar para cavar um pênalti. O Corinthians havia perdido uma ótima chance de matar o jogo.
Em uma sequência de lances ríspidos e com desfecho de uma falta de Émerson sobre Neymar, o atacante corintiano foi expulso, pois acumulou dois cartões amarelos. A partir daí, só deu Santos, com um ou outro contra-ataque sem perigo por parte do Corinthians. Cássio garantia com ótima performance o empate. Aos 38 min. do segundo tempo, a Vila Belmiro literalmente "apagou", assim como o Santos, no primeiro tempo. Interrupção por blecaute e posterior volta para jogar os sete minutos restantes, que seguiu com placar inalterado.
A derrota santista ocorreu porque o time não jogou o que sabe, porém, também existiram dos méritos corintianos, que jogaram de forma fria, inteligente e calculista. Frieza que talvez tenha faltado para Émerson, que desfalcará o timão na segunda partida. É fato que nada está decidido, mas o Corinthians deu um passo importante para a final da Libertadores 2012. Existe uma espécie de "determinismo geográfico" na competição, barreira superada pelos corintianos, ontem. Resta saber se o peixe conseguirá transpor este mesmo determinismo geográfico, na próxima quarta-feira, em pleno Pacaembu, para reverter a situação. Acho difícil, mas ainda acredito.
* O Eldoradense
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