16 de out. de 2025

Comentário: "Cessar fogo em Gaza"

   



    Há pouco mais de dois anos, o grupo terrorista Hamas realizou um ataque covarde em uma rave que ocorria em Israel. Inicou-se, a partir daí, uma sangrenta guerra que seria mais um dos inúmeros capítulos do conflito árabe-israelense. A nova carnificina no Oriente Médio parecia não ter fim. Líderes do mundo todo manifestaram sua opinião, sendo que o presidente Lula subiu o tom, comparando a ação de Israel ao Holocausto. Reitero que ao meu ver, a fala foi inoportuna e exagerada, pois, como eu disse em texto anterior, na Alemanha do século passado, não houve uma ação concreta dos judeus para justificar o extermínio em massa de Hitler. No caso de Israel, é fato que a reação do país judeu tenha sido desproporcional, porém, houve uma ação concreta e violenta do Hamas para justificar, ao menos, a guerra.

     Dito isso, é importante salientar que apoiar a criação de um Estado Palestino difere totalmente de um apoio ao Hamas. Quem alega que uma coisa se mistura com a outra, das duas, uma: Ou  é desprovido de inteligência, ou usa a confusão como artifício de uma tática corriqueira atualmente, a desonestidade intelectual. Isso ocorre quando o sujeito sabe que o que alega não é verdadeiro, mas assim o faz para confundir os mais desinformados em benefício das próprias convicções.

      A criação de um Estado Palestino prevê o surgimento de um Estado oficial na Faixa de Gaza, com reconhecimento internacional, sujeito também à repreensões e sanções internacionais em casos de abusos contra os direitos humanos. É uma corrente que muitos líderes internacionais de todos os continentes defendem: Para se ter uma ideia precisa, dos 193 Estados-membro da ONU, mais de 140 já reconhecem a independência palestina; (inclusive o Estado do Vaticano).

      É fato dizer que o recente cessar fogo no Oriente Médio não signifique, necessariamente, que a paz foi instaurada em uma região tão conturbada do globo terrestre. Também não dá para deixar de reconhecer a intervenção oportuna e precisa de Donald Trump no processo. O presidente norte-americano chegou a dizer para Netanyahu: "Você vai parar esta guerra agora!" ao passo que também foi enérgico com o Hamas, exigindo a devolução dos reféns vivos e dos corpos das vítimas fatais dos terroristas. 

        Trump exigiu também o desarmamento dos extremistas, e aí, sinceramente, tenho dúvidas que aconteça, pois o Hamas é um grupo extremista e covarde.  Caso não ocorra, prometeu fazê-lo à sua maneira, e caso as ações aconteçam contra os criminosos , sem os exageros cometidos pelos israelenses, que assim seja. Netanyahu foi oportunista, usou o ataque do Hamas como pretexto para justificar sua política expansionista e opressora contra os Palestinos, inclusive para abafar as crescentes denúncias de corrupção dentro do seu próprio governo. 

       Que o Estado Palestino seja criado para autonomia e soberania dequele povo e que o Hamas sofra as consequências de suas atrocidades. Que o cessar fogo deste momento não seja apenas um alento, mas um marco no início de um processo de paz no Oriente Médio. De uma forma ou de outra, Trump teve seu mérito, e, antipatias à parte, é preciso reconhecê-lo.


* O Eldoradense









     




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