Vencedor das eleições presidenciais de domingo, o premiê russo Vladimir Putin reconheceu que houve irregularidades durante a votação, defendeu investigação, mas afirmou que os protestos da oposição clamando fraude "são elemento da luta política" e não tem a ver com o pleito. "Obviamente, houve irregularidades. Temos de denunciá-las e fazê-lo de tal forma para que tudo se esclareça", disse Putin, de acordo com agências russas citadas pela Efe. "Confio na máxima supervisão e controle da situação para que não haja nenhuma sujeira."
Anteontem, cerca de 20 mil manifestantes, segundo os oposicionistas, e 14 mil, segundo a polícia, foram à praça Pushkin, em Moscou, protestar contra a vitória do premiê, que obteve 64% dos votos.
A manifestação foi autorizada pela polícia, mas tinha tempo determinado para ocorrer -- após o período permitido, começaram as detenções. As 250 pessoas presas pelas autoridades foram liberadas horas depois.
Ontem, o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, disse que a ação da polícia mostrou "alto nível de profissionalismo, legitimidade e efetividade".
De acordo com a principal missão de observadores internacionais houve "sérios problemas" na votação de domingo. O principal oponente de Putin na disputa, o candidato comunista Guennadi Ziuganov, afirmou que as eleições não foram "limpas, justas nem honestas".
A Chancelaria russa reagiu ontem às avaliações dos observadores eleitorais, que chamou de "preconceituosas e discutíveis".
O ministério também respondeu ao embaixador americano em Moscou, Michael McFaul, que, via Twitter, criticou as prisões de manifestantes anteontem. "A ação da polícia ontem foi de longe bem mais gentil do que a que vimos durante a ação para dispersar o 'Occupy Wall Street' e as tendas de manifestantes na Europa." Fonte: Folha.com * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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