7 de out. de 2024

Comentário: "Política À la Marçal"

 



   Tarcísio, sobre Marçal: "Um louco, filho das trevas". "Ladrão não mexe com polícia", disse Mello Araújo, do PL, vice na chapa de Ricardo Nunes, sobre o coach. "Marginal delinquente", foi dito por Eduardo Paes, reeleito prefeito do Rio de Janeiro no primeiro turno. Datena, antes de tudo isso, foi mais prático e objetivo, ainda que a agressão não se justifique: Mandou uma cadeirada no quengo do picareta.

   Transcritas as afirmações e atitudes acima, duas delas feitas por políticos de direita, tenho uma definição pessoal sobre o coach que atraiu tantos olhares e admiradores baseando-me em três personagens do grande Chico Anysio: Egocêntrico como o Alberto Roberto, charlatão religioso como o Tim Tones e mentiroso compulsivo como o Pantaleão.

     O marketing político era extremamente exagerado: Prometeu atropelar os adversários nas urnas, quando por fim, não chegou nem ao segundo turno. Ainda assim, a maior cidade das Américas quase que deu o passaporte qualitativo para que Marçal cogitasse a possibilidade de ser o próximo prefeito paulistano. Num pleito de pouquíssimas propostas e planos de governo, Marçal era o mais raso de todos: Em nenhum minuto foi propositivo, apenas promoveu discórdia e mentiras, interrompido de forma grotesca e brusca por José Luiz Datena. 

       Não se contentou: Continuou violando regras eleitorais como elas não existissem, criando perfis diversos nas redes sociais para que a propagação de suas infinitas mentiras viralizassem. Num gesto sabe-se lá movido por desespero o mau caratismo, exibiu um falso laudo médico atestando uso de cocaína por Guilherme Boulos. Segundo os próprios apoiadores, este seria o "grand finale" responsável por sua derrota. Sinceramente, não acho. Atribuo a terceira colocação a todos os outros eleitores que tiveram o mínimo de discernimento e detetizaram Marçal da disputa. 

      Nem mesmo o religioso Silas Malafaia tolerou o coach, que prometeu, numa igreja, fazer uma cadeirante voltar a andar. Enfim, um novo megalomaníaco egocêntrico sem rédeas, cuja democracia, através do voto, retirou do páreo da disputa municipal mais importante do país.

       Do ponto de vista dos tribunais políticos, as atitudes inconsequentes de Marçal podem lhe render a ingelegibilidade. Não seria surpresa, aliás, seria o correto, ainda que seus seguidores e fãs dodóis possam alegar perseguição. 

       A política, por si só, muitas vezes, apresenta-se suja como um lamaçal. A política "À la Marçal" é ainda mais nojenta...


* O Eldoradense

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