O atacante Hernán Barcos não se tornou um dos líderes do elenco do Palmeiras por acaso. Com 27 gols dentro de campo e uma postura firme fora dele, o Pirata não deixa de se posicionar em relação aos assuntos que têm tomado conta do cotidiano alviverde nas últimas semanas. Nesta quarta-feira, o argentino repudiou qualquer forma de violência e ameaça a jogadores. Por causa das fortes cobranças, alguns nomes passaram a circular com seguranças particulares. Barcos não sofreu qualquer cobrança nos últimos dias, até por ser uma das principais esperanças do Palmeiras para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, disse que pensaria em deixar o Brasil se começasse a se sentir inseguro.
– Se é para viver assim, vou embora. Imagine viver fora do meu país, andando em carro blindado, com arma na mão? É melhor ir para casa – disparou o Pirata.
Pouco depois, ele revelou que já teve problemas graves no Equador, no período em que jogava pela LDU – eram ameaças anônimas de sequestro da filha do jogador. Lá, ele conseguiu contornar a situação e continuar jogando.
– Depende de muitas coisas, não é assim também, ser ameaçado e sair. Teve um momento no Equador em que sofri, disseram que iriam sequestrar minha filha. Acabei fazendo algumas coisas por segurança, mudei de bairro e solucionei o problema. Se me ameaçam ou algo do tipo, vou me cuidar um pouco, mas não andar com segurança ou carro blindado. Agora, se eu ficar com medo, é muito difícil – explicou o atacante.
Para evitar novos problemas, Barcos tentou passar uma mensagem à torcida. A quatro jogos do fim do Brasileirão, ele espera que os alviverdes apóiem o time e acreditem na salvação.
– Uma ameaça não faz o jogador correr mais, pelo contrário, ele fica com uma pressão extra. Ameaçar não é a solução, até porque temos família. É um trabalho como qualquer outro. Deixamos tudo pela camisa do Palmeiras, mas fora de campo somos normais, nossas famílias sofrem – disse o Pirata. Fonte: G1 * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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