Dois dias depois de se encontrar com o pastor Silas Malafaia para agradecer o apoio recebido no primeiro turno, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou "que não assumiu nenhum compromisso" com o líder religioso. "Não assumi nenhum tipo de compromisso com o pastor Malafaia. Ele me apoia, não pediu nada em troca", afirmou após caminhada pelo bairro de Pirituba.
Em entrevista publicada ontem pela Folha, Malafaia --líder de uma igreja com base no Rio de Janeiro-- disse que iria usar o "kit gay" para "arrebentar" o petista Fernando Haddad, adversário de Serra na disputa.
O material a qual Malafaia faz referência é uma cartilha contra a homofobia que seria distribuída em escolas pelo Ministério da Educação em 2011, na gestão Haddad. O governo suspendeu a distribuição após protestos. "Qual o problema do apoio do Malafaia? Eu lembraria que o governo do PT tem um ministro de uma igreja, a partir de uma negociação política", disse Serra.
Malafaia é conhecido por atitudes conservadoras. Além da campanha contra o "kit gay", disse em 2011 que o Judiciário "rasgou" a Constituição ao reconhecer a união estável de homossexuais. Ontem, Serra disse também que "várias das questões que ele coloca não são pautas" de sua campanha. Haddad disse que "Serra instrumentaliza as religiões". "Fez isso pra atacar a presidente Dilma e eu entendo que fará o mesmo para me atacar", afirmou. Folha.com * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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