O Japão não pretende interromper a pesca das baleias, uma atividade "que faz parte da nossa cultura", disse nesta terça-feira (26) o ministro da Agricultura e da Pesca, Yoshimasa Hayashi, enquanto diversos incidentes recentemente opuseram pescadores japoneses e defensores destes animais. "É cultural e uma longa tradição histórica. O Japão é uma ilha e pescar boas proteínas do oceano é importante para nossa alimentação. É muito importante para a segurança alimentar", apontou o representante do governo.
Quando perguntado se o Japão poderia vislumbrar o fim desta prática, muito criticada por diversos países, Yoshimasa Hayashi disse que isso não deve acontecer. "Eu venho de Shimonoseki", lembra, evocando a cidade portuária do oeste do país, de onde partem muitos baleeiros japoneses para a pesca anual na Antártica. "Nós nunca dissemos que todo mundo devia comer baleia. Porque não podemos ao menos estar de acordo em nosso desacordo? Nós temos este hábito e vocês não", argumentou o ministro.
Para Hayashi as críticas internacionais contra o Japão "são ataques culturais, preconceitos contra a cultura nipônica". "Em alguns países come-se cachorro, na Coreia por exemplo, na Austrália come-se canguru. Nós não comemos estes animais, mas não pedimos para que estes países deixem de fazê-lo porque entendemos que isso faz parte de suas culturas. Então eu peço: por favor, entendam a nossa". Sobre a Comissão Internacional da Baleia (CIB), a posição do Japão "nunca mudou. É por isso que eu não acredito que o Japão vai proibir a pesca de baleias", explicou.
Na última semana, navios japoneses e barcos da associação ambientalista Sea Shepherd se chocaram novamente na Antártica. Um acusa o outro de ter começado a agressão. O Japão caça baleias em virtude de uma tolerância da CIB para a pesca com fins de pesquisa, ainda que a carne destes animais termine nos açougues. O organismo internacional condena qualquer pesca de baleia para fins comerciais. Fonte: G1 * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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