Enquanto o jipe Curiosity se prepara hoje para tirar as primeiras fotos de alta resolução em Marte, iniciando sua busca por rastros de vida no planeta, seu "irmão" quase idêntico, que ficou em Pasadena, na Califórnia, reproduz seus movimentos para ajudar no planejamento. "Vamos testar aqui tudo o que o jipe faz lá nos primeiros dez dias", diz Eric Aguilar, do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa). "Antes do pouso, ajustamos o jipe daqui para uma configuração como se ele tivesse acabado de pousar também. Agora ele já está em modo de operação."
Em Marte, o Curiosity mandou ontem sua primeira imagem colorida, tirada com a câmera instalada em seu braço, que ainda não se moveu. "Foi um teste de foco", disse Ken Edgett, engenheiro responsável pelo instrumento. "Mas tivemos a sorte de ver um pouco do terreno."
Enquanto isso, no laboratório, o clone terrestre do jipe fez o mesmo, usando uma câmera para focar um frango de borracha que os cientistas depositaram no cenário.
Quando o Curiosity levantar seu mastro com a câmera principal embutida hoje, o clone fará o mesmo, e todos os outros movimentos serão imitados, para que os cientistas entendam melhor o estado do jipe em Marte. "Antes da decolagem, nós já tínhamos usado essa réplica para simular cenários tais como dirigir pela primeira vez, tirar fotos, calibrar câmeras e ajustar todas as imagens", disse Aguilar.
Após a fase crítica de dez dias, os cientistas vão parar o trabalho intensivo, mas deixarão o clone do Curiosity montado para o caso de precisarem simular algo complexo, como coletar um objeto em posição difícil. A réplica tem todos os instrumentos científicos do jipe original, exceto o SAM, um espectrômetro de massa, que faz análises químicas.
Outra diferença é que o clone terrestre funciona literalmente plugado na tomada. O original usa uma bateria movida a plutônio (radioativo), o que traria complicações.
Fonte: Folha.com * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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